Pela primeira vez ocupando o posto de rainha de bateria, a cantora Iza
brilhou, literalmente, no ensaio na quadra da Imperatriz Leopoldinense, neste domingo (16), na Zona Norte do Rio de Janeiro.
A cantora, que é natural de Olaria, bairro da Zona Norte que fica próximo ao berço da verde e branca, falou sobre a alegria de estar a frente da bateria da Imperatriz: “Esse ano será muito especial, não só porque estou estreando na Marquês de Sapucaí como rainha de bateria, mas também por que faço parte da escola que mais me inspirou e mais me encanta desde que me conheço por gente. Na quarta-feira de cinzas voltaremos para comemorar esse campeonato”, disse a contora na quadra da escola.
“Sou do samba desde que me entendo por gente. Cresci nesse meio. Meu pai tocava em uma roda de samba com os amigos. Um dos meus tios é do Império Serrano, o outro da Beija-Flor. No Rio, não tem jeito. Mesmo que não queira, você acaba ouvindo um sambinha em tudo o que é lugar. Faz parte da nossa cultura, além de ser a raiz da música brasileira, um ritmo riquíssimo e que sempre me influenciou”, contou Iza em uma entrevista a revista Veja Rio, neste mês.
Na mesma entrevista Iza falou sobre racismo e disse que nunca imaginou ser uma referência de estilo e empoderamento feminino: “Eu me achava feia, fora dos “padrões”. Aos 12 anos, já alisava o cabelo. Foi só no início da vida adulta que percebi que era vítima de certos padrões e comecei a mudar por mim mesma, e não em razão do que outros diziam. Na adolescência, recebi vários apelidos racistas e pejorativos. Estudava em uma escola particular com bolsa, porque minha mãe era professora, e era uma das únicas negras do colégio. Imagine isso”, comentou a cantora.
De olho no Grupo Especial, Imperatriz Leopoldinense contrata reforços
Desfilando pela Série A após o rebaixamento em 2019, Imperatriz quer dar a volta por cima e voltar para o grupo especial. Para isso, a verde e branca aposta em uma releitura do enredo “O teu cabelo não nega”, de Arlindo Rodrigues, com o qual a escola foi campeã em 1981.
O carnavalesco que terá a missão de levar a Imperatriz de volta ao Grupo Especial é o campeão da Mangueira, Leandro Vieira. Até o nome do enredo mudou. Agora se chama “Só dá Lalá” e presta homenagem ao compositor Lamartine Babo.
Além de Vieira, a escola trouxe de volta intérprete Preto Joia, que vai dividir o carro de som com Arthur Franco. Mestre Lolo dá a cadência do samba desde 2016, enquanto que Thiaguinho Mendonça e Raphaela Teodoro seguem empunhando o pavilhão desde 2017.