O instituto Mission 44, criado e apoiado pelo piloto britênico Lewis Hamilton, fez esta semana sua primeira parceria. Num plano inicial de dois anos de duração, o instituto trabalhará com a organização Teach First para recrutar e treinar 150 professores ‘STEM’ negros no Reino Unido
Esta ação inicial foi orientada pela Comissão Hamilton, que investigou os motivos da falta de pessoas não brancas no esporte. O resultado da investigação, com base no relatório publicado em julho, apontou falta de diversidade nas escolas, 46% das escolas não tem professores negros e dos 500 mil professores, apenas 10 mil são negros. Segundo o levantamento da comissão, são necessários 15,655 professores a mais para ser proporcional ao número de estudantes.
Criada com o objetivo de capacitar e incluir pessoas negras em cargos científicos e tecnológicos no automobilismo, a Mission 44 teve um investimento pessoal do piloto de R$144 milhões.
Segundo Lewis Hamilton, essa realidade ele viu de perto ao ser um dos poucos alunos negros da sala e não se sentir pertencente aquele espaço, “já tive professores que disseram “você nunca vai alcançar nada”, mas nunca acreditei nisso. Trabalhamos muito nos últimos 18 meses para isso. Todos merecem a oportunidade de ter uma ótima educação e uma ótima carreira”, disse o piloto da Fórmula 1(F1).
Para Hamilton os estudantes afro-caribenhos têm duas vezes mais chances de serem expulsas das escolas, e ele foi uma dessas crianças porém teve o apoio da família e patrocinadores. “Quero entender como posso garantir que jovens que se pareçam comigo não passem por isso. Representatividade é muito importante; temos que trabalhar por um modelo mais sustentável de educação e recrutar mais professores negros, especialmente nas áreas científicas”, disse o britânico.
Lewis Hamilton é o único piloto negro da F1, é heptacampeão e agiu a marca de 100 vitorias, buscando o seu oitavo titulo ele é a pessoa mais bem sucedida de toda historia da modalidade.
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