Inflação foi menor para classes de renda mais altas em 2021, aponta Ipea

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Os mais ricos foram os que menos sentiram os efeitos da inflação no ano passado. Segundo dados divulgados nesta nesta terça-feira (18) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), as faixas de renda média-alta e alta foram as únicas a registrarem inflação abaixo de 10% no ano passado.

A diferença entre as taxas da faixas de maior e menor renda, no entanto, ficou mais estreita em 2021 do que em 2020. No último ano, a distância entre uma e outra foi de 0,54 ponto percentual. Um ano antes, havia ficado em 3,48 pontos.

As diferentes taxas de inflação se explicam porque para cada faixa de renda os grupos de consumo têm pesos diferentes: para as classes de renda mais baixas, por exemplo, habitação e alimentação usualmente representam uma fatia maior dos gastos do que entre as que têm renda mais alta, onde lazer e viagens exercem maior peso.

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Embora a inflação do ano tenha sido maior para a classe de renda mais baixa, em relação ao segmento de renda mais elevada (superior a R$ 17,7 mil), a diferença entre os dois polos foi menor que a apresentada em 2020.

Na ocasião, a taxa foi de 6,22% para os mais pobres e de 2,74% para os mais abastados.

Segundo o Ipea, a inflação dos mais pobres em dezembro foi afetada principalmente pela elevação no grupo de alimentos e bebidas, com altas nos preços de carnes (1,4%) e frutas (8,6%) mas foi também pressionada pelos grupos de habitação, saúde e cuidados pessoais.

Para o grupo de renda mais elevada, o principal impacto percebido foi do grupo de transportes, que engloba passagens aéreas (10,3%) e transporte por aplicativo (11,8%), além de aluguel de veículos (9,3%).

No mesmo período, os principais combustíveis apresentaram queda, casos da gasolina (-0,67%) e etanol (-2,96%).

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