Desigualdade salarial: hora trabalhada de pessoa branca vale 67,7% mais que a de negros, aponta IBGE

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A remuneração de uma pessoa branca é 67,7% maior de que uma pessoa negra, já que a hora trabalhada de uma pessoa branca custa, em média, R$ 23, e a da pretos e pardos juntos custa em média, R$ 13,70. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quarta-feira (04), parte da Síntese de Indicadores Sociais, que mostra a desigualdade racial e salarial no Brasil.

A pesquisa mostra que a diferença salarial continua em todos os níveis de escolaridade, já que entre os que não tem o fundamental completo, a disparidade entre a remuneração entre brancos e negros é de 30%, mas entre os que possuem ensino superior completo, pessoas brancas recebem 43,2% que pretos e pardos.

Os dados são do IBGE, divulgado nesta semana /Foto: Agência Brasil

Os dados mostrarem que a diferença aumentou nos últimos anos, que de acordo com a pesquisadora do IBGE Denise Guichard Freire, tem uma explicação estrutural. “A população branca tem mais facilidade nessa retomada do mercado de trabalho que a população preta ou parda”, afirma.

Mas a diferença também acontece entre homens em mulhres. No último ano, o rendimento médio por hora trabalhada dos homens (R$18,81) foi maior que o das mulheres (R$16,70) em 12,6%. Assim como no recorte racial, a diferença fica maior entre pessoas com nível superior completo: o rendimento médio dos homens (R$42,60) superando o das mulheres (R$30,03) em 41,9%.

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Bárbara Souza

Bárbara Souza

Formada em Jornalismo em 2021, atualmente trabalha como Editora no jornal Notícia Preta, onde começou como colaboradora voluntária em 2022. Carioca da gema, criada no interior do Rio, acredita em uma comunicação acessível e antirracista.

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