A Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo (SETUR-SP) e a Secretaria de Justiça e Cidadania uniram esforços para desenvolver o Guia de Turismo Religioso de Matriz Africana, uma iniciativa que visa preservar a cultura afro-brasileira, promover a inclusão social e os investimentos o desenvolvimento econômico por meio do turismo. O projeto, que está em fase de desenvolvimento, pretende mapear locais sagrados, terreiros e roteiros culturais relacionados às religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda.
A proposta do guia é valorizar a importância histórica e cultural desses espaços, promovendo o turismo religioso como ferramenta de reconhecimento das tradições afro-brasileiras e de geração de renda para comunidades tradicionais. Além de contribuir para a economia, o plano também desempenha um papel no combate ao preconceito e à intolerância religiosa.

Segundo o secretário de Justiça e Cidadania, Fábio Prieto, a iniciativa se baseia em três pilares: preservação cultural, inclusão social e desenvolvimento econômico. O projeto busca documentar e proteger os saberes e práticas das religiões de matriz africana, dar visibilidade às comunidades que enfrentam exclusão e criar oportunidades de negócios e emprego por meio do fortalecimento do turismo religioso. Para ele, o guia vai além de um simples material informativo, funcionando como uma ferramenta de transformação social e econômica.
Impacto da criação do guia
O impacto esperado é significativo, com a intenção de atrair visitantes interessados em conhecer a riqueza espiritual e cultural das religiões afro-brasileiras, incentivando o respeito à diversidade e promovendo a valorização do patrimônio imaterial dessas tradições. Roberto de Lucena, secretário de Turismo e Viagens de São Paulo, destacou que a iniciativa coloca o estado em uma posição de liderança ao promover um turismo inclusivo e culturalmente enriquecedor.
Atualmente, a proposta está em fase de consulta pública, envolvendo líderes religiosos, especialistas em turismo, representantes de comunidades tradicionais e pesquisadores. A previsão é que o guia seja lançado ainda este ano, em versões impressas, digitais e em aplicativo, oferecendo acesso facilitado aos roteiros e informações sobre os locais de visitação.
“O turismo religioso de matriz africana não é apenas uma forma de preservar nossa cultura; é também uma ferramenta poderosa para promover a inclusão e gerar oportunidades econômicas”, destacou Fábio Prieto. A iniciativa representa um avanço significativo no reconhecimento e valorização do patrimônio cultural afro-brasileiro, consolidando o compromisso do governo paulista em fortalecer o turismo como um vetor de inclusão, diversidade e desenvolvimento.
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