A paralisação, que afeta as linhas do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), iniciou nesta terça-feira (28), com movimentos dos metroviários e ferroviários. A greve é contra as privatizações de empresas públicas como Sabesp, CPTM e Metrô.
De acordo com informações que foram divulgadas pela imprensa nesta manhã, os grevistas pretendem estender as paralisações até a próxima quarta-feira (29). Além disso, os sindicatos alegam que a greve é um movimento político-trabalhista, visto que, segundo eles, a privatização dos serviços causará perdas de empregos.
Por outro lado, para o governo, trata-se de uma manifestação exclusivamente política contra a atual gestão. Os trabalhadores cobram um diálogo e colaboração do governo estadual, no entanto, as discussões não avançaram e as paralisações continuarão até a data prevista pelos sindicatos.
No que diz respeito ao processo de privatização, o mais avançado até o momento é da empresa Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que já está tramitando na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e pode ir para a votação no plenário a partir da próxima semana.
Em linhas gerais, o governo quer privatizar a operação das linhas: 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata. Pois duas das cinco linhas do Metrô, a 4-amarela e a 5-Lilás, já funcionam hoje sob regime de licença.
Os sindicatos, todavia, exigem uma “ouvidoria” com a população, assim que seja feito um plebiscito oficial sobre a privatização dos serviços públicos. Aliás, que seja pendurada a tramitação do projeto de lei sobre a Sabesp para que haja um debate público.
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Segundo os sindicatos, um plebiscito popular dará voz e poder aos trabalhadores e a população contra a privatização dos serviços essenciais. A presidente do sindicato dos metroviários, Camila Lisboa, ressaltou que em outro momento eles já realizaram um plebiscito popular na qual deu voz a mais de 90% da população.