Governo italiano reforça medidas para repatriar migrantes irregulares

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Migrants waiting on ships moored in port empedocle (Lampedusa) to be transferred to other destinations, 18 September 2023. ANSA/CIRO FUSCO

Fonte: ANSA

O governo italiano decidiu nesta segunda-feira (18) estender o período máximo de detenção para efeitos de repatriação de quem chega irregularmente ao país para 18 meses.

Esta é uma das medidas apresentadas durante o Conselho de Ministros para tentar conter a crise migratória que afeta o país, segundo fontes governamentais.

“Provocaremos uma mudança no período de detenção nos centros de permanência para a repatriação de quem entra ilegalmente na Itália, que será elevado ao limite máximo permitido pelos atuais regulamentos das leis europeias: seis meses, prorrogáveis por mais 12, em um total de 18 meses”, anunciou a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.

De acordo com ela, esse período é “todo o tempo necessário, não só para realizar as verificações necessárias, mas também para proceder ao repatriamento daqueles que não têm direito à proteção internacional”.

A maioria dos migrantes que desembarcam via mar na Itália é proveniente dos seguintes países: Guiné, Costa do Marfim, Tunísia, Egito, Bangladesh, Burkina Fasso e Paquistão.

Migrantes no Porto Empedocle, na Itália /
Foto: ANSA

Durante a reunião, Meloni também informou que, de acordo com o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, serão convocados os embaixadores dos países que representam as maiores nacionalidades declaradas no momento do desembarque dos migrantes nas costas da nação.

“A Itália pedirá a todos a máxima colaboração para o imediato repatriamento dos imigrantes irregulares, explicando que, em outras questões de recíproco interesse, lhes oferecerá o mesmo nível de colaboração recebida na questão da imigração”, acrescentou a premiê italiana.

Para a líder do partido Irmãos da Itália (FdI), a visita ontem da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a Lampedusa foi muito importante do ponto de vista simbólico.

“A presença da Europa nas fronteiras mais expostas à imigração ilegal em massa sublinha que as de Lampedusa são não só as fronteiras italianas, mas também as europeias. Agora o governo seguirá com grande atenção, passo a passo, os compromissos que a Europa assumiu com a Itália, a partir do compromisso de liberar rapidamente os recursos fornecidos pelo memorando com a Tunísia”, afirmou.

Por fim, o governo italiano dará um mandato ao ministério da Defesa para criar estruturas para deter migrantes ilegais o mais rápido possível.

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