A gratuidade no transporte público emerge como proposta central da estratégia de reelegibilidade do presidente Lula (PT) para as eleições de 2026. Técnicos do Ministério da Fazenda dedicam-se atualmente a análises que visam dimensionar os investimentos necessários e estruturar um modelo sustentável de custeio, com expectativa de concluir os estudos ainda em 2025, segundo declaração do deputado petista, Jilmar Tatto.
Em declaração à Folha de S.Paulo, o deputado federal Jilmar Tatto, vice-presidente do PT, confirmou a aceleração dos trabalhos. “Mantemos diálogos permanentes com a equipe do ministro Haddad, além de diversos gestores municipais e representantes do setor de transportes, para consolidar urgentemente um formato de financiamento”, afirmou o parlamentar. A discussão ganhará novo capítulo em audiência pública agendada na Comissão de Política Urbana da Câmara dos Deputados para 21 de outubro, com participação prevista de autoridades federais, prefeitos e legisladores.

Apesar do cronograma inviabilizar a implementação já em 2025, analistas do Palácio do Planalto avaliam o projeto como fundamental para consolidar a imagem presidencial. A percepção interna sustenta que o êxito na isenção do Imposto de Renda para faixas de baixa renda estabeleceu um precedente positivo para o cumprimento de novas agendas sociais.
O levantamento coordenado pela Fazenda incorpora variáveis que transcendem o custo direto da medida, considerando também seus efeitos indiretos na economia, como estímulo ao poder de compra da população e incremento na arrecadação tributária. Especialistas do governo projetam ainda que a política de gratuidade possa exercer efeito redutor sobre índices inflacionários, ao eliminar a pressão por reajustes nas passagens. A experiência existente em 138 municípios brasileiros que já adotam o transporte gratuito serve como referência para uma expansão gradual que preserve a responsabilidade fiscal.
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