Goleiro de time espanhol pode ser suspenso após sofrer racismo durante partida

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O goleiro Sarr, do time Rayo Majadahonda da terceira divisão da Espanha, pode ser suspenso por até oito jogos após brigar com torcedores que entoavam cantos racistas contra ele. O episódio aconteceu no último sábado (30), durante o jogo de sua equipe contra o El Sestao River, em partida na Espanha. O jogo foi suspenso e o goleiro senegalês foi expulso pelo árbitro García Riesgo, por conta da briga.

Em forma de protesto, os jogadores do Rayo abandonaram o campo e não voltaram mais. Na súmula, o juiz escreveu que “o jogador agiu de forma violenta contra a minha pessoa, com clara intenção de me agredir, tendo que ser contido por seus companheiros presentes no campo de jogo, deixando o gramado finalmente o mesmo“, disse

Goleiro Sarr, do Rayo Majadahonda, da Espanha, parte para a briga com torcedores que proferiam ofensas racistas — Foto: Reprodução

O Rayo Majadahonda pode ser punido com a perda da partida ou a retirada de pontos. Após a divulgação da suspensão da partida ser divulgada oficialmente, o time emitiu um comunicado oficial em seu perfil oficial do X (antigo Twitter).

“Nossa equipe não voltará ao campo para continuar um jogo após receber insultos racistas inadmissíveis ao nosso jogador. Condenamos todo tipo de ofensa racista no esporte.”

Em nota, a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) declarou que “as questões disciplinares serão resolvidas com base na súmula do árbitro e serão encaminhadas ao órgão de competição para a tomada das decisões pertinentes“. Também disse que “rejeita, de forma categórica e sem paliativos, qualquer ato ou conduta racista“.

O jogador brasileiro Vínicius Júnior, alvo de ataques racistas diversas vezes no mesmo país, se manifestou através das suas redes sociais. O atacante do Real Madrid lamentou os casos envolvendo Marcos Acuña e Quique Flores, do Sevilla, e o goleiro senegalês Saar, do Rayo Majadahonda.

Os racistas devem ser expostos”, disse ele em seu perfil nas redes sociais. O atleta destacou três incidentes no mesmo dia, incluindo o caso de Marcos Acuña, chamado de “macaco” .

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