76% dos consumidores projetam desembolsar até R$1.000 com gastos de final de ano

festadenatal.jpeg

Com a aproximação do Natal, do Réveillon e das confraternizações típicas de dezembro, os gastos de fim de ano voltam a pressionar o orçamento das famílias brasileiras, especialmente entre aquelas de menor renda. Uma pesquisa realizada pela Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box aponta que 76% dos consumidores pretendem desembolsar até R$ 1.000 com despesas relacionadas às celebrações, como ceia, presentes e encontros familiares.

O levantamento mostra que 53% dos entrevistados planejam participar de algum tipo de comemoração neste período. Entre os eventos mais citados estão as festas em família (87%), confraternizações corporativas (27%) e encontros com amigos (23%). Para arcar com esses custos, os brasileiros afirmam que devem recorrer principalmente ao salário do mês (23%), ao décimo terceiro salário, integral ou parcial (18%), ou a empréstimos (15%).

Gastos de fim de ano pesam no orçamento e atingem famílias de menor renda – Foto: Pexels

LEIA TAMBÉM: “Conta de luz deve subir 7% em 2025”, projeta Aneel; alta pressiona famílias negras e de baixa renda

Apesar das dificuldades financeiras, as festas de fim de ano seguem tendo forte importância simbólica e social. Seis em cada dez entrevistados consideram muito relevantes celebrações como Natal e Réveillon. Ainda assim, 42% reconhecem que esses eventos impactam diretamente o orçamento doméstico. O dado ganha peso em um país marcado por desigualdades raciais e econômicas, onde famílias negras e periféricas, historicamente mais expostas à informalidade e à renda instável, tendem a sentir com mais intensidade os efeitos desses gastos sazonais.

A pesquisa também revela que 73% dos consumidores têm receio em relação às despesas típicas deste período e 68% afirmam já ter deixado de participar de comemorações anteriores por estarem endividados. Como reflexo desse cenário, 54% dos entrevistados pretendem gastar menos em 2025 do que no ano anterior, principalmente para priorizar o pagamento de dívidas (39%) ou porque já acumulam débitos (22%).

O planejamento financeiro aparece como uma estratégia adotada por parte da população. Segundo o estudo, 60% dos entrevistados dizem se organizar especificamente para os gastos de fim de ano, e 46% iniciam esse planejamento antes de novembro. A pesquisa ouviu 1.028 pessoas em todo o Brasil, entre 19 de novembro e 2 de dezembro de 2025, com margem de erro de três pontos percentuais.

Deixe uma resposta

scroll to top