Funcionários que acusaram porta-bandeira Vilma Nascimento de furto no aeroporto, são demitidos

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A Dufry Brasil demitiu os funcionários que abordaram e acusaram a ex-porta-bandeira da Portela, Vilma Nascimento, de furto. No dia 21 de novembro a sambista denunciou ter sofrido uma abordagem racista enquanto estava voltando de uma viagem, no aeroporto de Brasília. Vilma foi obrigada a retirar da bolsa seus pertences para provar que não furtou nenhum produto.

Por nota, a empresa informou que apurou internamente o caso e que optou pela demissão “por quebra dos protocolos da empresa“, e entende que Vilma não cometeu nenhum crime. “A Dufry repudia veementemente qualquer tipo de discriminação por raça, gênero, orientação sexual, religião, idade ou deficiência”, destaca a empresa.

Vilma é considerada uma das maiores porta-bandeiras do carnaval /Foto: Reprodução Redes Sociais

Vilma estava em Brasília para ser homenageada no dia da Consciência Negra na Câmera dos Deputados. Segundo os familiares, ela estava na loja do aeroporto, para comprar algumas coisas, mas desistiu de levar.

Um segurança da loja disse que precisava levar ela a um local reservado para checar sua bolsa. Danielle, filha de Vilma, insistiu que a bolsa fosse aberta logo, para não perder o voo. Nas redes sociais ela conta que nenhum outro passageiro foi revistado no local.

“Minha mãe ficou surpresa, revoltada e envergonhada porque a revista foi no meio da loja na frente de clientes e outras pessoas. Foi muito constrangedor. Estamos tristes e traumatizadas até agora. Foi um absurdo!! Cheguei a perguntar se ela estava fazendo isso conosco por causa da nossa cor”, desabafou.

Nenhuma irregularidade foi encontrada. Danielle continuou o desabafo falando que foi traumatizante a situação.

“Estamos tristes e traumatizadas até agora. Foi um absurdo!! Cheguei a perguntar se ela estava fazendo isso conosco por causa da nossa cor”, escreveu em suas redes sociais.

O caso gerou uma grande comoção, escolas de sambas, artistas e autoridades, publicaram mensagens de apoio. Conhecida por ser a maior porta-bandeira de todos tempos, foi campeã pela Portela por 12 vezes. Em nota, a escola demonstrou apoio por Vilma.

“É uma sambista de destaque, que trás na pele a marca de nossa ancestralidade. O constrangimento, demonstrado nas imagens divulgadas, é sentido por todos que temos no samba parte importante de nossa identidade, e que enxergamos em Vilma uma de nossas grandes referências”, disse a escola.

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