Três pessoas foram presas até agora por terem agredido e espancado até a morte o jovem congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Um dos agressores, que não teve a identidade revelada, disse que Moïse teria tentado agredir um homem dentro do quiosque e três pessoas intercederam para evitar, o que deu início ao espancamento.
As imagens de uma câmera de segurança do quiosque mostram contudo três agressores que batem na vítima mesmo estando ela imobilizada e imóvel no chão. Em 12 minutos o congolês tomou mais de 30 pauladas. Os três envolvidos no assassinato vão responder por homicídio duplamente qualificado. Um deles se entregou, outro, um vendedor de caipirinha, foi preso pela polícia. Segundo as autoridades, os presos não tem nenhuma relação com o quiosque e não trabalham no local. A arma do crime, uma barra de madeira, foi encontrada. O dono do estabelecimento não estava no local na hora do crime.
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O agressor nega a versão da família da vítima de que Moïse foi até o local cobrar por um trabalho não recebido. “Ninguém devia nada a ele. Foi um fato que, no impulso, a gente [agiu]. [A gente] viu ele com a cadeira na mão e foi tentar ajudar o senhor“, disse o homem que admitiu as agressões.
Ele também relatou ter tentado se entregar à Polícia Civil por duas vezes desde a noite de 24 de janeiro, mas que a polícia “não aceita”. “Disseram que não tinham nada contra mim.”
A Polícia Civil, que ainda não se manifestou sobre as declarações, não divulgou os nomes dos funcionários do quiosque envolvidos no crime. A investigação está sob sigilo. Hoje, advogados do responsável pelo quiosque estiveram na Delegacia de Homicídios, mas não falaram à imprensa.
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