‘Festival Brasil É Terra Indígena’ tem programação gratuita em Brasília

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O evento acontece dias 13 e 14 de Dezembro no Museu Nacional da República, em Brasília

O Museu Nacional da República em Brasília será o local onde, nesta quarta-feira (13) e quinta-feira (14), acontece o Festival Brasil É Terra Indígena, com apresentações de artistas como Kaê Guajajara, Brô MCs, Katu Mirim, Grandão Vaqueiro, Gean Pankararu, Djuena Tikuna, além de Owerá, mbyá-guarani da Aldeia Krukutu, de São Paulo. 

Com destaque para a música produzida por artistas que têm origem nos povos originários brasileiros, o festival promove um intercâmbio cultural: os Bro Mc’s convidam o rapper Xamã ao palco. Gaby Amarantos e Felipe Cordeiro são os convidados do show das Suraras do Tapajós. Gean Pankararu leva para a sua apresentação o cantor Lenine. Já Mariene de Castro participa do show da cantora Djuena Tikuna. 

Owerá na ONU, em 2022 / Foto: Divulgação

Owerá terá participações especiais também, mas que serão reveladas no palco. O artista vai apresentar em seu repertório canções do disco Mbaraeté, lançado em parceria com a Natura Musical, em 2022, além de alguns feats, como as músicas com o produtor colombiano, LOZK, além da inédita Rap Nativo, feat com Alok.

Agradeço muito o convite por participar do festival. Será um encontro de vários povos, isso é muito bom. Uma grande união mesmo, e é disso que a gente precisa”, diz o artista que já tem um EP e dois discos lançados, além de feats com Brô MC´s, Criolo, Kaê Guajajara, Tropkillaz, OzGuarani, entre outros. 

O line-up completo de artistas indígenas conta com Djuena Tikuna, Kaê Guajajara, Siba Puri, DJ Rapha Anacé, Tainara Takua, Gean Pankararu, Heloisa Araújo Tukue, Brisa Flow, DJ Eric Terena, MC Anarandá, Katú Mirim, Edvan Fulni-ô, Owerá, Suraras do Tapajós, LaManxi, Brô MC’s e Grandão Vaqueiro.

Além da programação de shows, o Brasil é Terra Indígena tem exposições de arte e debates sobre riqueza cultural e bioeconomia. O festival tem patrocínio do Instituto Cultural Vale, articulação do Centro Cultural Vale Maranhão (CCVM) e apoio do Ministério da Cultura e do Ministério dos Povos Indígenas.

Nossa missão com o Festival Brasília é Terra Indígena é oferecer, espaço, estrutura e visibilidade a artistas indígenas dos nossos seis biomas. Nossa festa carrega consigo a nossa luta por direitos, por isso a importância de ter junto de nós artistas que são aliados da nossa causa”, define Priscila Tapajowara, coordenadora do evento.

Criado como um ato político e cultural, o projeto é uma ação que une o contemporâneo e o tradicional como forma de elevar e dinamizar a produção cultural indígena e a auto-sustentação dos povos originários brasileiros. É neste rico cenário que são apresentadas riquezas no campo da música, artes plásticas, dança, economia criativa, bioeconomia, moda e gastronomia.

A ideia é criar um portal e visibilidade para artistas indígenas. “Temos muitos artistas indígenas produzindo música de qualidade altíssima, mas ainda sem visibilidade. É justamente esse cenário que queremos mudar”, detalha a coordenadora do evento. “O festival Brasil É Terra Indígena vai mostrar a potência da produção e da criação cultural dos povos originários. Nós, do Instituto Cultural Vale, estamos comprometidos em apoiar e dar visibilidade à pauta e ao  protagonismo das populações indígenas”, diz Hugo Barreto, diretor-presidente do Instituto Cultural Vale.

Arte indígena

Parte integrante do festival, a Feira de Arte dos Povos Indígenas apresenta e valoriza formas de expressão de artistas indígenas, como uma plataforma para a inclusão social. A feira, aberta nos dois dias de festival das 9 às 20h, tem curadoria do arquiteto Marcelo Rosenbaum e destaca a importância da bioeconomia como ferramenta para a permanência nos territórios ancestrais e a salvaguarda do meio ambiente. Estão convidados para expor seus trabalhos 80 artistas, vindos de todos os seis biomas brasileiros e integrantes dos povos como Yanomami, Macuxi, Terena, Baré, Ashaninka, Kadiwéu, Guarani, Guajajara, Tremembé, Wauja e Mehinaku.

Diálogos 

Promovendo o intercâmbio social e cultural com os povos indígenas, o Espaço Tecnologia e Ancestralidade é um espaço criado para abrigar debates e rodas de conversa. Neste ambiente uma das atividades apresentadas é o talk show “Comunicação Indígena e Suas Narrativas”. Participam deste amplo debate entidades e associações como Mídia Indígena, Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Coordenação de Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Grande Assembleia dos Povos Guarani e Kaiowá (ATy Guasu), Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme), Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul (Arpinsul), Articulação dos Povos Indígenas da Região Sudeste (Arpinsudeste), Comissão Guarani Yvyrupa e o Conselho do Povo Terena.

SERVIÇO

Festival Brasil É Terra Indígena 

Atrações musicais: 13 dezembro, a partir das 19h e 14 de dezembro, a partir das 18h 

Feira de Arte dos Povos Indígenas: 13 e 14 de dezembro, das 9 às 20h 

Espaço Tecnologia e Ancestralidade: talk shows dias 13 e 14 dezembro, a partir das 10h No Museu Nacional da República (Setor Cultural Sul, Lote 2) 

Entrada gratuita 

Classificação etária: livre 

Instagram: instagram.com/festivalindigena

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