A família de Juliana Marins, jovem brasileira que morreu após aguardar socorro por 4 dias em uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, acionou a Justiça Federal para solicitar uma nova autópsia no corpo da jovem, a ser realizada no Brasil. Os familiares de Juliana questionam as circunstâncias da morte da jovem de 26 anose a condução do caso pelas autoridades indonésias.
Segundo Mariana Marins, irmã de Juliana, o pedido judicial foi feito com apoio do Gabinete de Gestão Integrada de Segurança (GGIM) da Prefeitura de Niterói, onde Juliana morava. “Com o auxílio do GGIM da Prefeitura de Niterói, acionamos a Defensoria Pública da União (DPU-RJ), que imediatamente fez o pedido na Justiça Federal solicitando uma nova autópsia”, afirmou Mariana.

A solicitação, no entanto, ainda não foi analisada em caráter definitivo. O Plantão Judiciário da Justiça Federal declinou de decidir sobre o caso, que agora será avaliado pelo juiz natural já sorteado. Enquanto isso, o corpo de Juliana continua na Indonésia, aguardando liberação e organização do translado para o Brasil.
A primeira autópsia foi realizada no dia 26 de junho, no Hospital Bali Mandara, após o corpo ter sido retirado do Parque Nacional do Monte Rinjani. De acordo com o médico-legista responsável, Juliana sofreu múltiplas fraturas e lesões internas, e teria sobrevivido por menos de 20 minutos após a queda. A causa da morte foi atribuída a um forte trauma no tórax, sem sinais de hipotermia.
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A família, no entanto, contestou a forma como o laudo foi divulgado. Segundo Mariana, eles foram chamados ao hospital para receber o resultado, mas a coletiva de imprensa com o médico ocorreu antes do contato com os parentes. “Caos e absurdo. Minha família foi chamada ao hospital para receber o laudo, mas, antes que tivessem acesso, o médico resolveu dar uma coletiva para anunciar o conteúdo. É absurdo atrás de absurdo e não acaba mais”, declarou a irmã.
O caso continua gerando grande repercussão no Brasil e segue sendo acompanhado por autoridades locais, familiares e pela sociedade civil. A nova autópsia, caso seja autorizada, deve esclarecer dúvidas levantadas pela cronologia do resgate e pelos registros feitos por testemunhas.