A Exposição Araetá-Literatura dos povos originários se encontra em exibição em Belém, na Casa das Artes, local que faz parte da Fundação Cultural do Estado do Pará (FCP). A apresentação conta com uma produção literária de autoria indígena com mais de 300 obras de 56 povos diferentes. Vale destacar que a mostra é totalmente gratuita e vai receber visitas até o dia 24 de maio.
A exibição abrange obras literárias de 110 escritores indígenas, além de incluir fotografias, pinturas, objetos artísticos e produções audiovisuais. Além disso, durante o evento ,são ofertados materiais de acessibilidade, por exemplo, textos com leitura em braile, livros com imagens em relevo, entre outros.
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Marcia Kambeba, uma das artistas que faz parte da exposição, destacou a importância da literatura dos povos originários, ressaltando que essa escrita “nasce” para levar para as pessoas as informações com um olhar de identidade, memória e pertencimento indígena.
Assim, dando ênfase sempre no território, visto como “sagrado”. A artista possui oito de seus livros à mostra, na qual narra as lutas e a resistência dos povos indígenas, por meio de poesias e poemas.
A mostra expõe a obra “Antes o Mundo Não Existia” de Umusi Pãrõkumu e Tõrãmu Kehíri Desana, considerado o primeiro exemplar de autoria indígena no Brasil. Vale mencionar que grande parte dos escritos expostos destaca os mitos, rituais e crenças dos diferentes povos.
Com objetivo de preservar aspectos ancestrais, culturais e identitários. Além disso, as obras pontuam sobre a importância dessas escritas sobre os povos originários a partir do olhar dos povos indígenas.
A Exposição Araetá traz obras contadas e escritas através do olhar dos povos originários. A programação possui grande importância nesse contexto de COP-30, onde abrimos o nosso estado para os demais países virem conhecer a nossa cultura, mas sobretudo voltar a nossa atenção para os povos indígenas”, ressaltou Thiago Miranda, presidente da Fundação Cultural do Estado do Pará.
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