Executiva Rachel Maia diz que almoço com Bolsonaro ‘não é apoio’

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A assessoria de Rachel Maia, conselheira administrativa do Grupo Soma & CVC, divulgou um comunicado sobre a presença executiva em um almoço com Jair Bolsonaro. Na última sexta-feira (30), cerca de 50 empresárias e executivas do setor de indústria estiveram no evento com o presidente da República em São Paulo e posaram para fotos sem usar máscara. O evento acontece na semana em que o Brasil atingiu 400 mil mortos pela covid-19.

O evento repercutiu nas redes sociais e fez os seguidores, em resposta, questionarem a executiva. “Como foi o almoço o pior presidente da história do Brasil, quando atingimos a marca de 400 mil mortes?”, perguntou um seguidor. “Queremos um posicionamento sobre o tal almoço! Qual foi a motivação da ida? Apoio ao governo ou qq outra pauta?”, questionou outro. Em resposta a assessoria de Rachel disse que “a participação no almoço não representa qualquer apoio ao Governo atual, mas sim um ato de reivindicação”.

CONFIRA A NOTA NA ÍNTEGRA

Esclarecemos que a participação de Rachel Maia no almoço orquestrado por mulheres executivas, que contou com a presença de membros do governo, bem como do Presidente da República, se deu em função de pautas objetivas e, sobretudo, a oportunidade de questioná-lo sobre questões sociais latentes. Na ocasião, foram feitas reivindicações sobre a falta de diversidade de raça e equidade de gênero nos setores públicos e privados no governo, bem como ações efetivas para minimizar os impactos da pandemia entre as mulheres, socialmente mais impactadas com o desemprego e tripla jornada.
Acreditamos na transformação e, para efetivamente realizá-la, o diálogo sempre se fará necessário, seja no mundo corporativo ou em outros setores da sociedade.
É importante também reforçar que a participação no almoço não representa qualquer apoio ao Governo atual, mas sim um ato de reivindicação.

Adidas e Carrefour também participaram do jantar com Bolsonaro

Bolsonaro e as empresárias, todas sem máscara

Outra a participar do evento foi a CEO (presidente) da Adidas no Brasil, Flávia Bittencourt. Em nota, a empresa declarou que a pauta do encontro teve temas como “equidade de gênero e a maior participação das mulheres nos setores públicos e privados”, que seriam causas defendidas por Flávia Bittencourt.

O almoço com Bolsonaro foi organizado pela gaúcha Karim Miskulin, presidente do Grupo Voto, empresa de mídia e de eventos de relacionamento fundada há 17 anos.

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O encontro em local fechado, em que se observou a ausência de máscaras de proteção e distanciamento pessoal, virou alvo de críticas diante do recrudescimento da pandemia. Entre a lista de convidadas do evento estavam nomes de peso, como Cláudia Saad, mulher do empresário Johnny Saad, dono da Band, Cristiane Lacerda, diretora da rede de supermercados Carrefour, e Gabriela Manssur, promotora de Justiça e criadora do Instituto Justiça de Saia. Antes do almoço, as organizadoras afirmavam que o evento não significava uma forma.

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