A pesquisa Combate à evasão no Ensino Médio: desafios e oportunidades, da Firjan SESI em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), afirma que meio milhão de jovens acima de 16 anos abandonam a escola por ano.
Os números da pesquisa demostram que a desigualdade social tem forte ligação com a evasão escolar. Só 46% dos alunos do 1/5 mais pobre da população concluem o Ensino Médio. Já entre os estudantes do 1/5 mais rico da população, a taxa de conclusão do Ensino Médio chega a 94%.
A evasão escolar é um dos fatores que contribui para amplificar e aprofundar as desigualdades sociais no Brasil e impactar a economia. Quanto menos acesso à educação, maiores as dificuldades encontradas para se conseguir boas condições ou vagas no mercado de trabalho.
Outro ponto de desigualdade foi encontrado na comparação das porcentagens de matrícula dos alunos brancos e pretos. O estudo demonstra que 81% dos jovens brancos com mais de 16 anos estão na escola, enquanto esse número cai para apenas 71% em relação as matrículas de jovens pretos.
De forma geral, apenas 60,3% brasileiros concluem o Ensino Médio até os 24 anos. Caso essa taxa se igualasse à do Chile (93,4%), o Brasil iria poupar R$ 135 bilhões por ano.
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Obstáculos X Soluções
Alguns dos principais obstáculos na luta contra a evasão durante o Ensino Médio apresentados pela pesquisa foram a distorção idade-série, desigualdade social e econômica, falta de orientação sobre carreiras profissionais e o baixo engajamento dos alunos com os estudos.
Entre os casos de sucesso para diminuir a evasão escolar incluem o projeto “Renda Melhor Jovem”, que foi realizado entre 2011 e 2016, no Rio de Janeiro, consistindo em remunerações de R$ 700 para alunos ao término do 1º ano do Ensino Médio, com esse valor aumentando a cada novo ano concluído. O índice de evasão foi reduzido em 33% entre o público-alvo de baixa renda.
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