De acordo com especialistas, problema se agravou com a chegada de menores latino-americanos desacompanhados nos EUA
Via AFP
O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta segunda-feira (27), medidas para combater o trabalho infantil, que aumentou 69% desde 2018 e que afeta principalmente os imigrantes latinos menores de idade que chegam sozinhos ao país.
No último ano fiscal, foram investigadas 835 empresas, que empregavam 3.800 menores. “Este não é um problema do século 19, não é um problema do século 20, isso está acontecendo hoje”, afirmou Marty Walsh, secretário do Trabalho, à imprensa.
As autoridades anunciaram novas medidas, que vão de mais controles nos locais de trabalho até o aumento das multas às empresas que tiverem funcionários menores de idade atuando em cadeias de produção e trabalhos perigosos.
Atualmente, a penalidade monetária civil máxima é de US$ 15.138 (cerca de R$ 80 mil) por criança, observou o governo em comunicado à imprensa, um valor que “não é alto o suficiente para servir de impedimento”.
A legislação dos Estados Unidos permite o trabalho a partir dos 14 anos, mas com limitação de horas para os menores de 16 anos, e em trabalhos que não prejudiquem a saúde. Apenas maiores de 18 anos podem realizar trabalhos mais perigosos em plantas industriais.
De acordo com os especialistas, o problema do trabalho infantil nos Estados Unidos se agravou com a chegada ao país de menores latino-americanos desacompanhados. Isso porque, muitas vezes, eles acabam ficando com parentes distantes ou em crise financeira, ou com padrinhos que os assumem e os obrigam a trabalhar para contribuir com a renda da família.
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Uma investigação do “The New York Times” revelou que muitos menores imigrantes, a maioria procedente da América Central, trabalham em cadeias de produção extenuantes, hotéis, fazendas leiteiras ou na agricultura.
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