A modelo consagrada Naomi Campbell relembrou o início de carreira e falou sobre racismo no documentário ‘The Super Models’, que estreou nesta semana. Com altas revelações, a britânica disse que teve contato com o racismo aos cinco anos de idade, na Inglaterra, e o fato de ter piorado quando ela se mudou para os Estados Unidos, onde tentou iniciar a carreira.
“Eu comecei a entender culturalmente que eu precisaria trabalhar muito duro para ser aceita. Não havia a possibilidade de voltar para casa com o rabo entre as pernas… Eu precisava ir além, com mais força”, diz a modelo que também detalhou o episódio de preconceito que sofreu na escola.
“Eu não aceitava sofrer bullying na escola pela cor da minha pele. Minha mãe pagava os impostos igual a todos os outros. Eu tinha o direito de estar lá, então saia daqui com esse bullying. Era assim que eu me sentia”, disse ela.
Segundo Naomi, sua família não aceitava o fato dela querer ser modelo, e mesmo assim ela decidiu ir para Nova York, para tentar a carreira. “Na época, minha família meio que não aceitava que eu fosse modelo. Minha mãe não tinha ideia que eu estava fazendo isso”, disse ela no documentário que acompanha a ascensão das modelos Christy Turlington, Linda Evangelista e Cindy Crawford.
Linda Evangelista foi muito importante na trajetória de Campbell. “Naomi nem sempre estava com desfiles agendados. Eu não entendia. Eu achava que ela era mais bonita e tinha um corpo melhor, uma estrutura melhor. Eu me perguntava: ‘Por que não chamam ela?’. Então disse a eles: ‘Se não a contratarem, também não me contratarão”, afirmou Linda sobre o começo da carreira de Naomi.
Naomi Campbell iniciou a carreira de modelo aos 15 anos. Em agosto de 1986 Naomi apareceu pela primeira vez na capa da revista Elle britânica.
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