Estilistas refugiados encontram espaço para empreender com a cultura africana em Brasília

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Depois de saírem dos seu países de origem, seis estilistas encontraram na moda uma forma de quebrar preconceitos e conseguir trabalho e renda. Isabel Da Costa e Saturnina da Costa, Akou Avogtnon, Dja Franck Lagbre, Lucie Atumesa Nsimba e Gladys Edem foram encontrados vendendo roupas em feiras, eventos de embaixadas e até na frente de casa – nas regiões do Varjão e da Candangolândia. Cenário bem diferente do que tinham em seus países, onde Franck, Lucie e Akou tinham suas lojas próprias.

Estilistas no dia da inauguração da loja no Shopping – Foto: Maria Ferreira

A coordenadora do comitê de inserção de imigrantes e refugiados do DF, do Grupo Mulheres do Brasil (GMB), Mônica da Silva Alvares, diz que quando o grupo vendia nas ruas enfrentava problemas relacionados ao preconceito. “As pessoas pensam que a roupa vendida na rua não tem qualidade, então o preço baixa e eles não conseguiam ter nenhum lucro”, disse.

Apoiados pelo Grupo e o Sebrae, iniciaram as reuniões para o projeto em 2016, com consultoria de estilistas como Nágela Maria e Andréa Monteiro. As estilistas brasileiras que deram a consultoria, ajudaram a fazer os ajustes. Há cerca de um mês, no dia 28 de junho, o sonho concretizado: o primeiro desfile e a inauguração da loja no shopping.

O desfile, quando a coleção foi lançada, contou também com a solidariedade de uma agência de modelos que selecionou os profissionais sem cobrar por isso. Na passarela, havia negros e brancos, “o que enriqueceu o ideal de mistura de culturas e de democratização da moda”, afirma a estilista Lucie Atumesa, que veio da República do Congo.

O nome da loja, “Egalité”, significa igualdade em francês. No local, além das roupas da coleção, os estilistas recebem encomendas dos clientes interessados em uma peça exclusiva.

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