O Centro Cultural Sesc Quitandinha (CCSQ), em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro apresenta o espetáculo teatral “Raízes”, com o Coletivo Denegrindo, neste sábado (01). O espetáculo começa às 18h, e integra a programação cultural gratuita que acompanha a exposição “Um oceano para lavar as mãos”, exposição inaugural do CCSQ.
“É o contato com o que há dentro de cada preta e cada preto que toca o coração e o íntimo de quem anseia pela nossa melhora”, diz Maicon Viana, idealizador do Coletivo Denegrindo em 2019, sobre o espetáculo que já recebeu o Prêmio Maestro Guerra Peixe 2023.
“Raízes” “é um corpo que balança e entende que ser filho de preto é ter sempre o peito em busca do sol, mesmo que olhares brancos nos fitem e nos gritem: ‘Negra!’”. “È a espiritualidade enraizada através dos ancestrais que se mantém viva”, diz Maicon.
O Coletivo Denegrindo, primeiro grupo de teatro em Petrópolis formado em sua maioria por artistas pretos, é composto por Ariel Barbosa, Cleonice Fernandes, Izaque Z, Leandra Lima, Maicon Viana, Matheus Almeida, Matheus Teles, Nicole Pinheiro, Soninha Maracanã, Simone Gonsalves, Yuri Mendes, Yago Carvalho e Vinicius Topre, que atuam na música, teatro, dança, pintura, entre outras áreas da arte.
A estréia do grupo foi com a peça “A Mulher Maracanã”, em torno da vida da matriarca do grupo, Soninha Maracanã, referência de arte negra em Petrópolis, e está à frente da Rane, casa de cultura negra.
SOBRE O COLETIVO:
O Coletivo Denegrindo é o primeiro coletivo de teatro em Petrópolis formado em sua maioria por artistas pretos. Idealizado em 2019 pelo ator Maicon Viana com o intuito de reunir talentos pretos da cidade, o coletivo tem como principal foco a questão racial. Passado o período de confinamento, em 2020, os integrantes do Denegrindo passaram a se encontrar e a desenvolver a peça “Raízes”, que venceu a categoria Teatro do Prêmio Maestro Guerra Peixe 2023.
“UM OCEANO PARA LAVAR AS MÃOS”
A exposição “Um oceano para lavar as mãos”, que tem curadoria de Marcelo Campos e Filipe Graciano, reúne obras dos artistas negros Aline Motta, Arjan Martins, Ayrson Heráclito, Azizi Cypriano, Cipriano, Juliana dos Santos, Lidia Lisbôa, Moisés Patrício, Nádia Taquary, Rosana Paulino, Thiago Costa e Tiago
Sant’ana, que ocupam um espaço monumental de 3.350 metros quadrados do Centro Cultural Sesc Quitandinha, em Petrópolis.
A exposição é acompanhada, até seu término, em 17 de setembro de 2023, de uma programação gratuita de música, cinema, teatro, literatura, atividades infantis, oficinas e seminários. O Café Concerto do Centro Cultural Sesc Quitandinha, amplo teatro com capacidade para 270 pessoas, sedia a programação de música e cinema. A curadoria de música é do cantor, compositor, violonista e poeta baiano
Tiganá Santana. A mostra de cinema tem como curador Clementino Junior, cineasta dedicado à difusão da obra audiovisual racializada. Flávio Gomes, pesquisador do pensamento social e da história do racismo, da escravidão e da história atlântica, é o curador das ações da linguagem escrita, literária e oral,
formatadas como seminários, na Biblioteca.
SERVIÇO:
Centro Cultural Sesc Quitandinha
Entrada gratuita
Terça a domingo, e feriados, das 9h30 às 17h (conclusão do itinerário até às 18h)