Entre os dias 26 e 28 de janeiro, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro recebe o espetáculo “Entrecuzos”, que aborda temas como violência contra mulher, diversidade e relações inter-raciais. Na trama, Ayla e Kehinde vivem no Brasil de 2300.
As fiadoras do destino recebem uma missão da grande mãe: reprogramar a história de Leo e Swalea, duas jovens que nasceram em Moçambique em 1942. Viajando no tempo e no espaço, as duas se lançam nas encruzilhadas da vida para tentar impedir que um abuso sexual aconteça.
O embrião começou em 2015 quando Lau Mollica esboçou um texto a partir de um sonho que a visitava quase toda as noites: uma menina negra que confidenciava um abuso sexual.
“Eu lembro da roupa que a criança estava usando, um pulôver rosa. Lembro também que subíamos juntas uma escada até que ela me mostrava um cômodo e, sem precisar dizer uma palavra, eu entendi que ela havia sofrido um abuso”, afirma Lau.
Em 2019 o esboço deste texto se transformou em “Limbo”, uma cena de 20 minutos apresentada em um evento de celebração ao Dia Internacional dos Direitos Humanos. Neste mesmo ano Lau se junta a Carolina com a missão de desdobrar essa cena em um espetáculo.
Durante o processo, as duas descobriram como as escritas atuais de Carolina se assemelhavam aos primeiros rascunhos confeccionados por Lau em 2015. Assim, as duas foram entendendo que poderiam criar uma história que atravessasse o tempo-espaço, dialogando com o passado, o presente e o futuro ao mesmo tempo.
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Cartas de Tarô e oráculos também serviram de estímulos para a dramaturgia. “Esse processo foi de muito amadurecimento, descobertas e aprendizado. Trazer à superfície temas delicados mexem nas estruturas da equipe como um todo”, relata Carolina.
Serviço:
Entrecruzos
Onde: Theatro Municipal do Rio de Janeiro (Salão Assyrios)
Quando: 26, 27 e 28 de janeiro de 2023
Dia/hora: Sexta, sábado e domingo, às 18h
Endereço: Praça Floriano, S/N – Centro,
Ingresso: gratuito
Duração: 90 minutos
Faixa etária: 14 anos
Gênero: dança/teatro
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