Dados da Justiça Eleitoral revelaram que 2,1 milhões de jovens de 16 e 17 anos estão aptos a votar nas eleições de 2022. O aumento registrado foi de 51,13% em relação a 2018 e revela o maior crescimento na faixa etária em vinte anos. Pela legislação eleitoral brasileira, jovens menores de 18 anos não são obrigados a votar, mas têm o direito ao voto a partir dos 16 anos. Mas desde 1989 é a primeira vez que o número de eleitores com até 18 anos volta a crescer.
Uma dessas jovens que tirou o título no ano passado aos 17 anos e vai votar pela primeira vez neste ano é a estudante maranhense Alexssia Reis, 18 anos. Atualmente morando em São Paulo para se preparar para prestar vestibular para o curso de Estudos Africanos e Afro-brasileiros na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), a jovem considera o voto uma forma de lutar pelo futuro do país.
“O título é uma forma de exercer a cidadania e fazer valer a luta de quem brigou pelo voto aos 16 (tirei o meu com 17), mas também por que esse ano é um ano decisivo para o nosso país, e acredito que cada título e cada voto valem na luta contra esse desgoverno”, contou a estudante que também é diretora nacional de cultura da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES).
O último aumento registrado de votantes nessa faixa etária havia sido em 2002 quando passou de 2,2 milhões o número de jovens com menos de 18 anos que registraram novos títulos. Em 2018, o número caiu para 1,4 milhão, índice mais baixo da série registrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), desde 1989 quando os dados de número de eleitores com até 18 anos começaram a ser incluídos. O presidente do TSE, ministro Edson Fachin, caracterizou os números deste ano como “efetivamente impressionantes” durante a divulgação dos dados pelo TSE.
Sem perfil racial pesquisa confirma maioria de mulheres
Alexssia também integra outros votos de destaque no país: o de mulheres. Este ano, das pessoas aptas a votar nas eleições de outubro de 2022 mais de 82 milhões (82.373.164), são mulheres. O levantamento do perfil do eleitorado brasileiro realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral não registra a raça dos eleitores que têm títulos, contudo, em relação ao gênero revelou que as mulheres são a maioria votante no Brasil (52,62 %) e fora do país (58,54 %).
