Neste domingo (21), a Guiné receberá mais de 11 mil vacinas contra o ebola e já na próxima segunda-feira (22). Nesta semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde do país declararam que desde o dia 14 de fevereiro a Guiné passa enfrenta um surto da doença.
“Pensamos que uma situação semelhante (ao surto anterior do país, a pior epidemia de ebola da história) não é tão provável porque Guiné, Libéria e Serra Leoa adquiriram agora recursos para a prevenção e controle de infecções“, disse o diretor regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti, em entrevista coletiva.
De acordo com Mohamed Lamine Yansane, assessor do Ministério da Saúde da Guiné, “todas as disposições para a vacinação estão em vigor e as vacinas já estão registradas na Guiné“.
“Esperamos que a experiência da epidemia anterior seja de grande utilidade para nós agora. Desta vez, podemos dizer que estamos preparados“, disse o médico.
Além deste carregamento de vacinas de Genebra, um outro pacote de 8.600 doses chegará no final do ano dos Estados Unidos, disse Moeti.
A OMS enviou pelo menos 30 especialistas de vacinação para o país e outros 20 para a República Democrática do Congo, onde a campanha de vacinação foi oficialmente lançada em 15 de fevereiro, na sequência da declaração de outro surto de ebola no nordeste, em 7 de fevereiro.
Segundo os últimos dados da OMS e das autoridades nacionais, o número de mortes por ebola na Guiné é agora de cinco pessoas (uma confirmada e quatro prováveis) de um total de sete casos, enquanto na República Democrática do Congo já foram confirmados quatro casos, incluindo duas mortes.
A OMS afirmou nesta quinta-feira que o risco de uma epidemia de ebola em países da África Ocidental como Guiné, Serra Leoa e Libéria é “elevado” devido à dimensão, duração e origens desconhecidas do atual surto, e também devido à limitada capacidade de resposta.