O Ministério das Relações Internacionais do Egito anunciou, no último domingo (09), que sediará uma cúpula árabe de emergência no dia 27 de fevereiro, visando discutir o deslocamento dos palestinos da Faixa de Gaza para os países árabes, segundo informações da agência de notícias Anadolu.
As propostas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu são de que o povo palestino deixe a Faixa de Gaza e se estabeleçam nos territórios árabes: Égito, Jordânia e Arábia Saudita. Todos os países, incluindo o Estado da Palestina, rejeitam a proposta.
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O anúncio de Donald Trump sobre transformar a faixa de Gaza na “Riviera do Oriente Médio” foi condenada tanto pelos países árabes quanto por outras nações ao redor do mundo, como Brasil, Canadá, França, Alemanha e Reino Unido, de acordo com a Agência Anadolu.
Na última sessão do Comitê da ONU sobre o Exercício dos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino, a instituição se manifestou contra as falas do presidente estadunidense. O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que “Qualquer deslocamento forçado de pessoas equivale a uma limpeza étnica”. Complementou sua declaração dizendo que “na sua essência, o exercício dos direitos inalienáveis do povo palestino diz respeito ao direito dos palestinos de simplesmente viverem como seres humanos na sua própria terra”.
Segundo dados divulgados pelo jornal Al Jazeera, as autoridades na Gaza informaram que até o dia 03 de fevereiro, 61.709 de palestinos foram mortos na guerra. Do lado israelense, a contagem estava nos 1.139 mortos.
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