Durante toda a campanha eleitoral, Bolsonaro esbravejava sem nenhum constrangimento não entender bulhufas de economia. Questionado em entrevistas sobre temas como reforma tributária e impostos, disse que outorgaria à Paulo Guedes as decisões ligadas à área econômica do Governo. Em suma, no tocante à economia, Paulo Guedes é o presidente.
Por várias vezes, o ministro ultraliberal e desconhecedor dos problemas do Brasil, foi comparado ao Posto Ipiranga.
Os eleitores de Bolsonaro aceitaram os termos deste contrato, e o elegeram mesmo não entendo absolutamente nada de economia, e pasmem, sem projetos para a área, pois privatizar e desburocratizar não é projeto de país.
Agora, quando acontece um “disse-me-disse”, como esse da volta da CPMF, eleitores querem justificar: “Bolsonaro não falou nada, ele sempre foi contra”. Fato é que no último dia 9 de setembro, Guedes deu entrevista à jornalista Cláudia Safatle, do Valor Econômico, e afirmou:”preciso desse imposto para desonerar a folha. Se a Câmara e o Senado não quiserem, continua com o imposto onerando a folha. O Imposto sobre Transações Financeiras (ITF) é feio, é chato, mas arrecadou bem e por isso durou 13 anos. Conforme a alíquota, ele pode arrecadar até uns R$ 150 bilhões por ano.”
Bolsonaro sempre soube da reedição da CPMF, o novo imposto faria parte de um “plano de recuperação econômica” em três pilares. Tinha nova sigla (ITF) e até estudo mostrando a arrecadação aproximada (R$ 150 bi por ano).
O plano era aliviar para o setor produtivo, desonerar a folha de pagamento dos empresários, e com isso… sobrecarregar ainda mais o cidadão comum, obrigando o povo a pagar imposto até por saque no caixa eletrônico.
Ficaram claras duas coisas. Um: seguimos sem rumo ou perspectiva de melhora para a economia brasileira. Dois: segue a lógica do Posto Ipiranga.