Dos 3.245 brigadistas atuando para conter queimadas Brasil afora, 50% são indígenas e 20% são quilombolas

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O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho afirmou em entrevista ao Bahia Notícias nesta quarta-feira (18) que uma verdadeira estrutura de guerra foi montada para combater os incêndios pelo país, e na linha de frente estão os indígenas e os quilombolas. De acordo com o presidente da entidade, dos 3.245 brigadistas 50% são indígenas contratados pelo governo federal e 20% são quilombolas que são convocados por conhecerem bem as áreas de matas e florestas.

A operação conta com 3.245 brigadistas, 700 fiscais, 1.100 viaturas, 22 aeronaves e 40 embarcações atuando para conter as queimadas, o fogo já causou 33 vezes mais perdas que as contabilizadas entre janeiro e setembro do ano passado.

“A gente está com um número recorde, 3245 brigadistas, entre Ibama e ICMBio. São brigadistas federais, que pela legislação, devem atuar em áreas federais. O governo tem um entendimento de que os incêndios não têm dono, então nós estamos atuando inclusive em áreas que deveriam ser cobertas pelos órgãos estaduais e pelos órgãos municipais. Dessas brigadas, 50% são indígenas contratados pelo governo federal, 20% são quilombolas, são pessoas que sabem andar nas matas, são pessoas que estão combatendo os incêndios no Brasil todo. É uma estrutura de guerra, e em muitos estados estamos trabalhando junto com os bombeiros dos governos locais, que têm efetivo muito maior”, disse ao BN.

Dos 3.245 brigadistas 50% são indígenas contratados pelo governo federal e 20% são quilombolas – Foto: Jader Souza/Assembleia Legislativa de Roraima.

Papel do governo no incêndio

O governo anunciou em sua página oficial nesta terça-feira (17) que irá destinar R$ 514,5 milhões para ações emergenciais de combate aos efeitos dos incêndios e à situação de grave estiagem que atinge grande parte da Região Norte e a Amazônia Legal.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá assinar medida provisória que abre crédito extraordinário a diversos ministérios e autarquias públicas que darão continuidade ao trabalho de investigação de incêndios criminosos, de combate aos focos das queimadas – garantindo toda a infraestrutura necessária – e de atendimento à população afetada.

Apesar de informar as áreas de destino o governo não detalhou como os valores serão investidos e nem a origem do crédito extraordinário, se realmente passará por fora do Novo Arcabouço Fiscal e se será investimento.

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O Engenheiro agrônomo candidato a governador de São Paulo em 2022, Gabriel Colombo se manifestou em suas redes e disse: “Indígenas e quilombolas protegem nossos biomas em todas as situações , da relaão de produção até o combate aos incêndios. Ao mesmo tempo, os territórios indígenas estão sofrendo com indencios criminosos promovidos por grileiros e garimpeiros”, disse Colombo.

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Thayan Mina

Thayan Mina

Thayan Mina, graduando em jornalismo pela UERJ, é músico e sambista.

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