De acordo com o Mapa da Desigualdade 2023, relatório lançado pela Casa Fluminense na última semana, a diferença salarial entre negros e brancos é de R$ 2.241 na cidade do Rio de Janeiro, de acordo com dados de 2021. Em 16 municípios da região metropolitana, em que homens ganham mais que mulheres, a diferença média registrada foi de R$ 2.713.
Em 15 municípios, de 2018 a 2021, houve um aumento na disparidade salarial entre brancos e negros, de qualquer gênero. Um homem branco recebe, em média, R$ 4.907, enquanto uma mulher preta recebe R$ 2.194, na região, o que significa uma diferença de R$ 2.713 da remuneração. Na capital, a diferença chega a R$ 3.449.
A análise foi feita a partir de 23 bases de dados governamentais e empresariais, além do acesso via Lei de Acesso à Informação (LAI). O documento também mostra que a taxa de desocupação do estado do Rio, é a maior entre os estados da região sudeste, com 11,3% da população desempregada.
O Mapa proposto pela Casa Fluminense analisa os dados sobre quatro justiças: racial, de gênero, econômica e climática. Sob o olhar econômico, também fica evidente nos dados publicados as dificuldades financeiras que atravessam a população da região.
Segundo o levantamento, 50% da população dos 22 municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, vive com menos de um salário mínimo. Isso significa que possuem renda inferior R$ 1.320 por mês.
Além disso, foram registradas 2,2 milhões de mulheres em pobreza, ou extrema pobreza, sendo que cerca de 1,6 milhão delas, são negras. Em 14 municípios a situação é tão díspare, que a quantidade de mulheres negras nessas condições, é maior que 70%.
O endividamento, também é frequente no estado do Rio. Cerca de 53% da população em junho de 2023, não conseguiu pagar suas dívidas. Ou seja, mais de 5 milhões de pessoas estão inadimplentes.
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