Diddy critica Netflix por documentário surpresa e acusa uso indevido de imagens pessoais

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Sean “Diddy” Combs, atualmente preso após condenação por crimes relacionados à prostituição, criticou duramente a Netflix e o rapper 50 Cent após o anúncio surpresa de Sean Combs: The Reckoning, documentário que estreia nesta terça-feira (02), nos Estados Unidos. Para o músico e empresário de 56 anos, a produção representa uma tentativa de lucrar sobre sua trajetória enquanto ele se encontra impossibilitado de responder publicamente.

Em nota enviada ao TMZ, o porta-voz de Diddy, Juda Engelmayer, classificou a série documental como “uma vergonhosa tentativa de difamação” e afirmou que o serviço de streaming está usando “imagens roubadas”, acumuladas por Combs desde a adolescência. Segundo ele, o material sempre foi reservado para que o artista contasse sua história “à sua maneira”, e não fosse explorado por terceiros. Engelmayer também acusou a Netflix de descontextualizar conversas privadas, inclusive com advogados, violando limites legais e éticos.

Diddy detona documentário de 50 Cent sobre ele: ‘Obra difamatória vergonhosa’ – Foto: Divulgação

A diretora do documentário, Alexandria Stapleton, rebateu as acusações em entrevista ao site Tudum, pertencente à Netflix. Ela afirma que todo o material foi adquirido legalmente e que a equipe possui os direitos de uso. Stapleton destaca que Combs, ao longo de décadas, sempre registrou em vídeo sua rotina e carreira, o que explica o grande volume de imagens inéditas agora exibidas.

A reação de Diddy também envolve um componente pessoal: sua desaprovação ao fato de 50 Cent ter sido convidado para colaborar no projeto. Os dois mantêm uma rivalidade pública que atravessa anos, marcada por provocações e disputas por espaço na indústria musical, um setor historicamente marcado por disputas de poder entre artistas negros e grandes conglomerados culturais.

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Para Engelmayer, entregar a narrativa da vida de Combs a um inimigo declarado representa uma “quebra de confiança” por parte da Netflix. Ele citou ainda o respeito que Diddy teria por executivos como Ted Sarandos e Clarence Avant, ressaltando que a escolha do serviço de streaming cria um conflito entre expectativas pessoais e estratégias comerciais.

O lançamento do documentário ocorre em um momento de forte escrutínio sobre a carreira de Combs, que cumpre pena de 50 meses de prisão e mais cinco anos de liberdade condicional supervisionada. O caso reacende debates sobre o tratamento midiático de figuras negras em escândalos públicos, muitas vezes atravessado por disputas narrativas, interesses econômicos e relações desiguais de poder.

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