Dez anos após o crime, Tribunal do Juri absolve PMs pela morte do dançarino DG

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O Tribunal do Júri absolveu por unanimidade os sete policiais envolvidos na morte do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, conhecido como DG, famoso também por participações no programa domincal “Esquenta”. O assassinato aconteceu em 2014, no Morro do Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, Zona sul do Rio.

O policial Walter Saldanha Corrêa Júnior, identificado como o responsável pelo disparo que matou o jovem, foi absolvido, de acordo com o inquérito da Polícia Civil na época. Segundo o advogado Marcos Espínola, ‘As conclusões da perícia foram contestadas, pois não confirmaram a sequência dos acontecimentos nem as lesões identificadas no corpo da vítima

Os policiais Rodrigo Vasconcellos de Oliveira, Rodrigo dos Santos Bispo, Rafael D’Aguila do Nascimento, Alessandro da Silva Oliveira, Eder Palinhas Ribeiro e Evandro dos Santos Dias, que respondiam por falso testemunho, também foram absolvidos pelo crime.

DG trabalhou por quatro anos como dançarino do programa “Esquenta” da TV Globo, na época, sua morte mobilizou toda a comunidade.

Dançarino morreu em 2014, em Copacabana |  Foto: Reprodução.

O julgamento foi no 1º Tribunal do Júri. Após os debates, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) se manifestou pela inocência dos réus. Os jurados decidiram pela absolvição dos PMs por unanimidade, e a juíza Alessandra Rocha Lima Roidis proclamou o resultado.

Relembre o caso

Na noite de 21 de abril de 2014, um tiroteio entre policiais e traficantes ocorreu no Morro Pavão-Pavãozinho e se estendeu até madrugada. Pela manhã do dia 22, o corpo de DG foi encontrado na creche Solar Meninos da Luz.

Peritos afirmaram que um tiro atingiu as costas de DG, entre a região lombar direita e a região dorsal direita, de baixo para cima. O projétil destruiu o pulmão e saiu na parte de cima do braço direito, perto do ombro. A causa da morte foi hemorragia interna decorrente de laceração pulmonar decorrente de ferimento transfixante do tórax.

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