Desmatamento no Cerrado aumenta 23% em relação a março de 2023

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Uma crise vem chamando a atenção entre as mais alarmantes ambientais do país. Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam o número elevado de desmatamento no Cerrado. O número de alertas de destruição no segundo maior bioma do Brasil e da América do Sul atingiu novo recorde em março.

Conforme o sistema de detecção do desmatamento em tempo real (DETER), foram 524 alertas de desmatamento em março de 2024, o que representa uma alta de 23% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os avisos do Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD Cerrado) cobriram mais de 1,1 milhão de hectares, quase oito vezes o tamanho da cidade de São Paulo.

Desmatamento no Cerrado cresce – Foto: Arquivo/ Agência Brasil

Conforme os dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), as dez cidades que lideram a destruição do segundo maior bioma do Brasil estão localizadas nas fronteiras agrícolas do Matopiba. Os municípios foram responsáveis por devastar 223 mil hectares.

Ativistas do Greenpeace Brasil protestaram nesta segunda-feira (15) em frente à sede do Banco do Brasil, em Brasília (DF), por conta da falta de controle sobre os contratos de concessão de crédito rural a propriedades com irregularidades ambientais na Amazônia.

De 1º de janeiro a 28 de março de 2024, o Brasil contabiliza 14.240 alertas de queimada, revela o Inpe. Os focos de queimadas são capturados por satélites e indicam que pontos geográficos captados por sensores têm temperatura acima de 47°C e área mínima de 900 m², segundo o órgão.

O Instituto informa ainda que as queimadas registradas neste ano ultrapassaram em 111% os números observados no mesmo período de 2023. O percentual recente também é maior do que o detectado nos últimos seis anos. Os focos de calor se concentram, em sua maioria, na Amazônia, em seguida no Cerrado.

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