Nesta sexta-feira (05), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgou uma pesquisa que mostra que o desmatamento na Amazônia teve uma queda de 42% no primeiro trimestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado.
Com base no relatório, houve uma perda de 491,8 KM² de vegetação, já em 2023 o percentual foi de 844,6 KM². De acordo com especialistas, durante a temporada das chuvas, que acontece no início do ano, os índices de desmatamento tendem a ser “melhores” em relação ao restante do ano.
O levantamento da pesquisa foi feito a partir do sistema Detecção em Tempo Real (DETER), que mapeia e emite alerta de desmatamento, além de fornecer informações e orientações para as ações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), dentre outros órgãos de fiscalização.
Cerrado
Por outro lado, o segundo maior bioma do Brasil teve um acréscimo de 2% em relação ao período analisado. Inclusive, o desmatamento no cerrado chegou a índices elevados, alcançando um patamar extremo, iniciado em 2016. Conforme os dados obtidos pelo sistema Deter do INPE, a desflorestação nos primeiros três meses do ano saltou de 1.416,9 KM² para 1.445,6 KM ².
Estados que registraram maior perda
Segundo o monitoramento do Deter, os estados que registraram uma perda maior de vegetação nativa foram Mato Grosso (132,7 km²), Roraima (115,1 km²) e Pará (108,5 km²). Já no Cerrado, foram Tocantins (400,5 km²), Maranhão (392,4 km²) e Piauí (182,8 km²).
Queimadas
Os dois biomas analisados apresentaram percentuais altos de queimadas entre os meses de janeiro e março. Na Amazônia, os focos de queimadas foram 7.861. Já no Cerrado, foram registrados 3.645 focos. Com altas de 180% e 67%, respectivamente, em comparação com o ano passado.
A Amazônia Legal compreende nove estados (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), na região norte. Na região centro-oeste (Mato Grosso) e no nordeste (Maranhão). Já o Cerrado abrange os Estados de Goiás,Tocantins, Mato Grosso do Sul, sul do Mato Grosso, oeste de Minas Gerais, Distrito Federal, oeste da Bahia, sul do Maranhão, oeste do Piauí
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