A taxa de desemprego no Brasil seguiu em alta no trimestre até fevereiro, em um movimento sazonal com aumento no número de pessoas à procura de trabalho.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a taxa de desemprego ficou em 8,6% no período, o que representa alta em relação à taxa de 8,1% registrada no trimestre anterior, até novembro, e é a mais alta desde os três meses encerrados em setembro (8,7%).
No Brasil, o desemprego é maior entre negros, mulheres e jovens. Segundo dados do IBGE, em agosto do ano passado quase dois terços dos desempregados eram pretos e pardos e os salários também eram menores.
O resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua é, entretanto, o mais baixo para o período de três meses encerrados em fevereiro desde 2015, e ficou ligeiramente abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de 8,7%.
O impulso para o mercado de trabalho com a reabertura da economia após a pandemia vem perdendo fôlego, o que se soma aos efeitos da política monetária restritiva e à desaceleração econômica global.
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“Parte dessa piora do mercado tem um efeito sazonal importante, (e) o ambiente econômico do país impacta o mercado de trabalho, que não está isolado ou blindando a isso”, disse a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy. Ela afirmou que efeitos como juros, crédito, inadimplência podem aparecer mais claramente após o perído de sazonalidade, que envolve dispensas dos trabalhadores temporários contratados no fim do ano.
Ela ressaltou ainda que a taxa de desemprego só não foi maior no trimestre até fevereiro porque está havendo uma migração de pessoas para inatividade desde o fim do ano passado.
“Isso diminui a pressão sobre a taxa. É um período de feriados, férias, atividades mais paradas e desaquecidas”, disse.
Fonte: Reuters
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