Uso de telas pode aumentar depressão em crianças, revela pesquisa

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Smartphones, tablets e computadores são ferramentas importantes para educação dos jovens, mas exigem cuidados de pais e educadores - Foto: Pexels

O uso excessivo de telas afeta o desenvolvimento físico das crianças e jovens além de contribuir para o sedentarismo, obesidade infantil e limitações motoras. É o que revela uma pesquisa divulgada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O levantamento mostra que 72% das crianças avaliadas apresentaram aumento nos sintomas de depressão devido ao uso excessivo de dispositivos como smartphones, tablets e computadores.  Além disso, há impactos psicológicos significativos, incluindo déficits de concentração, atenção e habilidades de resolução de problemas.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, é recomendado que crianças até 2 anos de idade não tenham nenhum contato com telas. Dos 2 aos 5 anos, o máximo recomendado é 1 hora por dia, com supervisão. Dos 6 aos 10 anos, esse tempo pode aumentar para 1 a 2 horas diárias, também com supervisão. Já dos 11 aos 18 anos, o indicado é de 2 a 3 horas por dia, sem pernoite diante das telas.

Smartphones, tablets e computadores são ferramentas importantes para educação dos jovens, mas exigem cuidados de pais e educadores – Foto: Pexels

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O Brasil é um dos países em que se passa o maior tempo utilizando smartphones, telas e dispositivos eletrônicos

Em média, uma pessoa no Brasil usa a internet por 9h diárias, segundo um levantamento recente. O brasileiro hoje se comunica, consome, informa-se e se relaciona com familiares, amigos e conhecidos, em grande medida, por meio de dispositivos digitais.

No caso de crianças e adolescentes, não é diferente. A última pesquisa TIC Kids Online, do Comitê Gestor da Internet no Brasil, apontou que em 2022, 92% da população com idade entre 9 e 17 anos era usuária de Internet no país, sendo o celular o dispositivo mais usado por crianças e adolescentes. A pesquisa ainda indicou que 86% dos usuários de 9 a 17 anos e 96% para os usuários de 15 a 17 anos possuíam ao menos um perfil em redes sociais.

A pandemia da Covid-19 acelerou esse processo, na medida em que a imposição do distanciamento físico entre as pessoas e o fechamento de espaços coletivos levou famílias e escolas a recorrerem a ferramentas digitais para o ensino, o entretenimento e a ocupação do tempo de crianças e adolescentes numa intensidade inédita. Esse processo de migração para o uso intensivo de dispositivos eletrônicos resultou numa mudança significativa em como crianças e adolescentes vivenciam a própria infância, ocupam seu tempo livre e se relacionam socialmente com amigos e conhecidos.

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