Depois de pautar a Aliança contra a Fome e a Pobreza, a cúpula do G20 teve a taxação de super ricos no centro do debate. A segunda-feira (18) foi marcada pela busca da justiça social. A ideia é buscar um consenso que respeite a soberania dos países, mas consiga taxar a renda dos bilionários.
Parte do documento que tratava sobre a taxação era explícito: “Com total respeito à soberania tributária, nós procuraremos nos envolver cooperativamente para garantir que indivíduos de patrimônio líquido ultra-alto sejam efetivamente tributados“.
Ainda sem planejamento definido de como ocorreria a tributação, quanto seria a renda mínima para ser taxado, nem as regras em geral, o texto propunha que, “a cooperação poderia envolver o intercâmbio de melhores práticas, o incentivo a debates em torno de princípios fiscais e a elaboração de mecanismos antievasão, incluindo a abordagem de práticas fiscais potencialmente prejudiciais”.
O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, deu a declaração de que a introdução da taxação de super-ricos na documento final dos líderes do G20 será uma grande vitória.
“Estamos muito esperançosos de que a gente consiga, pela primeira vez, ter como resultado de uma cúpula do G20 uma resolução que aponte para a necessidade do que a gente chama de taxação dos super-ricos”, disse Pimenta, em entrevista ao Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Aliança contra fome
Mais de 80 países anunciaram a criação da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza nesta segunda-feira (18). A iniciativa foi anunciada durante reunião dos chefes de estado no G20, e tem como missão erradicar a fome e a pobreza até 2030.
“Uma das críticas que muitas vezes ocorre nesses fóruns internacionais é a falta de resultados concretos. A criação da Aliança já é um resultado. Ela já tem uma agenda, um financiamento e tem objetivos. Evidentemente, isso é uma marca muito importante da esperança e do legado do Brasil no G20”, afirmou o ministro.
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