Com crescimento recorde, Angola, Moçambique e Egito traçam estratégia para liderar turismo mundial

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Autoridades de Angola, Moçambique e Egito defenderam uma cooperação mais estreita para impulsionar o setor de turismo no continente africano. A discussão ocorreu durante um painel do Fórum Global de Turismo, que abordou o impacto econômico do setor, a geração de empregos e a necessidade de investimentos em infraestrutura.

De acordo com as informações, o ministro do Turismo de Angola, Márcio de Jesus Lopes, defendeu que as nações africanas devem priorizar a colaboração em vez da competição. Durante sua fala, ele afirmou que “África deve ir além da lógica da competição e abraçar a cooperação entre as nações, com base em histórias de sucesso regionais”. Jesus Lopes também enfatizou a importância de investimentos em conectividade, citando aeroportos, portos e eletrificação como fundamentais.

Ele mencionou projetos angolanos, como o novo Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto e o Corredor do Lobito, que, segundo ele, “fortalecerão a integração regional, impulsionarão o turismo e atrairão investimento estrangeiro direto”.

O secretário de Estado do Turismo de Moçambique, Fredson Bacar, destacou a sustentabilidade como pilar para o desenvolvimento rápido do setor. Em sua participação, ele citou o reconhecimento de Moçambique como Melhor Destino Turístico Sustentável do mundo nos World Tourism Awards 2025.

Bacar também abordou os desafios logísticos do país, explicando ao fórum que “é impossível criar infraestruturas e desenvolver o país todo ao mesmo tempo, temos 2.700 quilómetros de costa e 25% do território são zonas de conservação da natureza”. Ele sublinhou a importância de “parcerias com as empresas do setor privado para empregar os jovens locais”.

O secretário de Estado do Turismo de Moçambique, Fredson Bacar, destacou a sustentabilidade como pilar para o desenvolvimento rápido do setor – Foto: IBGE.

Já o ministro do Turismo e das Antiguidades do Egito, Sherif Fathy, apresentou o caso de seu país como um exemplo bem-sucedido. Ele citou os pesados investimentos em infraestrutura de transporte e destacou que a região da costa norte registrou um “aumento de 500% no tráfego aéreo neste verão”. Fathy também enfatizou a formação de mão de obra, citando a inauguração de uma escola hoteleira em Hurghada.

Sobre a estratégia egípcia, ele afirmou que o objetivo é que o Egito se torne “o principal destino turístico do mundo nos próximos anos dada a sua variedade inigualável de experiências”. Além disso, disse que a “inteligência artificial agora desempenha um papel vital na compreensão dos interesses dos viajantes e na adaptação de produtos turísticos para segmentos específicos do público”.

Os participantes concordaram sobre a necessidade de uma regulamentação para um acordo de “céus abertos” no continente e pela facilitação da livre circulação de pessoas, sem a exigência de vistos entre países africanos. Dados apresentados pelo moderador Abulfas Garayev, ex-ministro do Azerbaijão, indicam que África recebeu 74 milhões de turistas em 2024, com projeções de chegar a 82 milhões em 2025, refletindo a recuperação pós-pandemia mais forte do mundo.

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Thayan Mina

Thayan Mina

Thayan Mina, graduando em jornalismo pela UERJ, é músico e sambista.

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