A Justiça da Espanha condenou cinco torcedores do Real Valladolid a um ano de prisão por ofensas racistas contra Vinícius Júnior, atacante brasileiro do Real Madrid, durante um jogo da 15ª rodada do Campeonato Espanhol, no dia 30 de dezembro de 2022. A condenação também incluiu multas entre 1.080 a 1620 euros (R$ 6.822 e R$ 10.233, respectivamente).
Eles também estão impedidos de participar de atividades esportivas, de lazer ou educativas por quatro anos. Segundo o Ministério Público da Espanha, as sanções devem ser ratificadas pelo Tribunal de Valladolid, no dia 21 de maio.
No jogo, que aconteceu no Estádio José Zorrilla, e resultou na vitória do Real Madrid, de 2×0, torcedores do time rival proferiram ofensas racistas como “macaco de merda”, “negro de merda” e “filho da puta”. Aos 43 minutos do segundo tempo, Vini Jr foi substituído por Luka Modric. Logo em seguida, após o Real Madrid marcar o segundo gol da partida, o brasileiro comemorou no banco de reserva. Nesse instante, as ofensas racistas se intensificaram.

(Reprodução / Redes sociais)
Na época, Vini Jr publicou no então Twitter (atual X): “Os racistas seguem indo aos estádios e assistindo ao maior clube do mundo de perto, e La Liga segue sem fazer nada. Seguirei de cabeça erguida e comemorando as minhas vitórias e do Madrid. No final, a culpa é minha”.
Quando foram identificados pela justiça, os torcedores apresentaram uma declaração por escrito, reconhecendo as ofensas racistas contra o jogador brasileiro. O acordo judicial envolveu o Ministério Público, o representante legal de Vinícius Júnior e a defesa dos torcedores. Quatro dos cinco réus envolvidos no caso concordaram com a prisão de um ano, multa de 6 euros por dia durante nove meses e a inabilitação especial de quatro anos em atividades de lazer, educação ou esportes.
O quinto réu, que também recebeu a condenação de um ano de prisão, deve pagar uma multa de 4 euros por dia, em nove meses. Os condenados também não podem exercer o direito de sufrágio passivo enquanto durar a condenação. Vini Jr escolheu renunciar qualquer compensação financeira em relação à condenação.
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