Após um mês da chacina do Jacarezinho, que originou no assassinato de 28 pessoas, líderes comunitários, ativistas, entidades e representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Defensoria Pública e da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) se reuniram no último domingo (6) para conversarem sobre a construção de um monumento em homenagem às vítimas da operação considerada a mais letal do estado.
Ainda não há data definida para a construção do monumento, porém, ele deverá ser erguido na entrada da comunidade. Os organizadores já se movimentam para encontrar artistas interessados na realização do projeto. Na ocasião, também estiveram presentes os familiares das vítimas.
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O ativista Rumba Gabriel, compositor da Mangueira e fundador do Portal Favelas, em entrevista para o Jornal Extra, disse que espera que a tragédia seja um alerta para as ações que acontecem rotineiramente nas comunidades. “A favela não produz droga e nem arma. Os traficantes estão nas fronteiras, nos bairros chiques. Por que a inteligência da polícia não vai nessa direção? Nós gritamos para não sermos fuzilados, mas nosso grito é criminalizado”, declarou.
A ouvidoria da Defensoria Pública informou que vem oferecendo apoio e acolhimento às famílias das vítimas da chacina, além disso, a organização está cobrando independência nas investigações.