A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vai criar a Secretaria da Diversidade, responsável pelo combate ao racismo, à homofobia e a outros tipos de discriminação no futebol. Uma das novidades para a temporada de 2023 é que, em caso de ocorrência de preconceito em campo ou na arquibancada, o árbitro da partida deve enviar uma cópia da súmula para o Ministério Público, que deve atuar com maior rigor.
A Secretaria da Diversidade é uma iniciativa do presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, que desde a sua posse em março de 2022, vem incentivando o debate sobre soluções para os casos de racismo no futebol.
As ações vem ganhando repercussão, em um momento de queda da popularidade da instituição, que viu vários ex-presidentes ligados a casos de corrupção. O mais recente, Rogério Caboclo, foi afastado em junho de 2021, após denúncias de assédio.
Em agosto de 2022, a entidade lançou também o Seminário de Combate ao Racismo e à Violência no Futebol. O evento inédito contou com a presença dos mais variadas autoridades nacionais. Antes da Copa do Catar, a CBF convidou o youtuber Júlio Cocielo, réu em um processo de racismo para o time de influenciadores da instituição na Copa do Mundo. Após a repercussão negativa, o convite foi desfeito.
Todos os anos, o Observatório da Discriminação Racial no Futebol mapeia, documenta e acompanha os casos de racismo no futebol brasileiro. Em agosto de 22, o número de casos já era maior do que todo o ano de 2021. O relatório completo do ano de 2022 sai em breve.
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