Caso Miguel: justiça reduz indenização que ex-patrões devem pagar à família do menino

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Depois de determinar que Sarí Corte Real, e seu marido, o ex-prefeito de Tamandaré (PE) Sérgio Hacker, pagassem uma indenização de R$ 2 milhões pela morte do menino Miguel, aos familiares da criança, a Justiça do Trabalho decidiu nesta quinta-feira (15), reduzir o valor para R$ 1 milhão. A quantia será paga para a mãe de Miguel, Mirtes Renata, e para Marta Maria, a avó.

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A Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 6ª Região acatou um recurso da defesa do casal, decidindo por unanimidade, que o valor estipulado anteriormente, foi “excessivo”. Em uma publicação nas redes sociais, Mirtes disse que já esperava a redução e comentou o resultado do julgamento. “Essa condenação também tem caráter pedagógico e que fique de lição para outros empregadores“.

Sari Corte Real e Sergio Hacker eram patrões de Mirtes Renata e Marta Maria, e terão de pagar uma indenização de R$ 1 milhão / Foto: Reprodução/TV Globo

Na publicação, a mãe de Miguel também ressalta que o pagamento de indenização foi mantido. “Os nossos pedidos foram atendidos, e se manteve a condenação para o pagamento, pois essas pessoas só sentem o peso dos seus atos quando mexe no bolso“.

Com a decisão, a mãe e a avó do menino, que morreu em 2020 ao cair do prédio em que Sarí Corte Real e seu marido moravam, vão receber R$ 500 mil cada uma. Na decisão sobre o valor inicial, o juiz da 1ª instância condenou o casal em decorrência de danos morais pela morte do menino, e por obrigarem Mirtes e Marta Maria, a trabalharem durante o período de lockdown, durante a pandemia do coronavírus.

Na sessão desta quinta, os desembargadores também decidiram pelo pagamento de R$ 10 mil para cada uma, por conta de fraude contratual, já que a mãe e a avó do menino de 5 anos eram funcionárias do casal, mas eram pagas com dinheiro da prefeitura de Tamandaré.

Além disso, cada uma deve receber também R$ 5 mil, por danos morais pelo trabalho na pandemia, tendo em vista que o serviço feito por elas não era considerado essencial na época do “lockdown”.

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Bárbara Souza

Bárbara Souza

Formada em Jornalismo em 2021, atualmente trabalha como Editora no jornal Notícia Preta, onde começou como colaboradora voluntária em 2022. Carioca da gema, criada no interior do Rio, acredita em uma comunicação acessível e antirracista.

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