O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou o modelo Bruno Fernandes Moreira Krupp, de 25 anos, e outras cinco pessoas por tentativa de homicídio qualificado contra um estudante de Direito. A denúncia foi protocolada neste sábado (07), após a prisão preventiva dos envolvidos, realizada pela Polícia Civil em uma operação conjunta nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Segundo a investigação, o crime ocorreu na madrugada de 22 de maio, no estacionamento de um bar na Lagoa Rodrigo de Freitas, Zona Sul do Rio. A vítima, um jovem de 25 anos, teria se desentendido com um dos agressores dentro do estabelecimento e, ao sair, foi atacada por pelo menos cinco pessoas. Câmeras de segurança registraram a sequência de agressões, que incluiu socos, chutes e ao menos 22 pisões no rosto da vítima, que já estava desacordada. A ação foi interrompida após a chegada de uma viatura do Corpo de Bombeiros, que socorreu o estudante e o levou para o Hospital Municipal Miguel Couto.
Krupp já havia sido preso em 2022 por matar um adolescente de 16 anos em um atropelamento, na Barra da Tijuca.
De acordo com o MPRJ, neste caso mais recente, embora Bruno Krupp não tenha participado diretamente das agressões físicas, há indícios de que ele teria incitado o ataque verbalmente. A Promotoria sustenta que ele incentivou os agressores com frases como: “Mata ele”, “Tem que matar” e “É os capetas”, o que motivou a inclusão de seu nome na denúncia.
Além de Krupp, foram denunciados Pedro Vasconcelos do Amaral Sodré, Artur Velloso Araújo, Felipe de Souza Monteiro, Jacobo Pareja Rodriguez, de nacionalidade colombiana, e Luma Melo Rajão. Os seis são acusados de tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. O Ministério Público solicita que todos os denunciados sejam submetidos a julgamento pelo Tribunal do Júri.

A defesa de Bruno Krupp nega a participação dele nas agressões e informou que pretende entrar com pedido de habeas corpus. Alega também que ele não integrava o grupo que praticou o espancamento e que irá demonstrar isso durante o processo.
Bruno Krupp já responde a um outro processo criminal, que ganhou repercussão nacional em 2022. Na ocasião, ele foi preso por homicídio com dolo eventual após atropelar e matar o adolescente João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos, na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ele pilotava uma motocicleta em alta velocidade e sem habilitação. O jovem foi arremessado a uma longa distância e morreu após ter a perna amputada. Bruno Krupp permaneceu preso por oito meses no Complexo de Gericinó, em Bangu, até ser solto em março de 2023, por decisão do Superior Tribunal de Justiça. Ele segue respondendo ao processo, que está em fase de preparação para julgamento no Tribunal do Júri.
Com a nova denúncia, o modelo voltou a ser preso preventivamente. O processo relacionado à tentativa de homicídio ainda está em fase inicial, aguardando a análise do juízo responsável para definição da data de audiência de instrução e julgamento. A denúncia foi recebida pela 34ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, que agora decidirá se leva o caso a júri popular. Os demais denunciados também permanecem presos preventivamente.
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