Brasileiro perdeu o medo de falar sobre dinheiro, aponta pesquisa

realdinheiro_moeda_1310202263.webp

O tabu de falar sobre dinheiro está ficando para trás. Uma nova pesquisa da Consumoteca, que ouviu 5 mil pessoas em 15 estados brasileiros, revela que 78% dos brasileiros não sentem mais desconforto em falar sobre finanças, um sinal de mudança cultural após décadas de silêncio sobre o tema.

Historicamente, o brasileiro sempre tratou o dinheiro com reserva. Em 2024, uma pesquisa do Serasa para o Dia dos Namorados mostrou que 45% dos entrevistados não sabiam quanto o parceiro ganhava. Mas essa relação está mudando rapidamente, impulsionada pela tecnologia, pelo acesso à informação e pela influência das novas gerações.

Levantamento da Consumoteca mostra que desconforto de falar sobre o dinheiro diminuiu

Segundo o levantamento, 81% dos brasileiros enxergam o dinheiro como uma das principais preocupações da vida e entre os jovens da geração Z, 34% classificam o tema como sua maior preocupação. Ao mesmo tempo, oito em cada dez acreditam que terão um padrão de vida superior ao dos pais, marcando uma virada de mentalidade: a busca deixou de ser apenas por estabilidade e passou a ser por prosperidade.

A pesquisa também mostra um desejo crescente por educação financeira: 80% querem aprender a administrar melhor seus recursos, e 83% acreditam que investir é essencial para garantir o futuro.

LEIA TAMBÉM: Plataformas digitais geram renda acima da média, mas com alta informalidade e concentração de trabalhadores negros, aponta IBGE

Essa mudança não é apenas geracional. A revolução tecnológica das últimas décadas, do comércio eletrônico ao PIX , transformou o modo como o brasileiro lida com o dinheiro. Hoje, oito em cada dez usam o PIX como forma principal de pagamento, 41% já enviaram um PIX de presente e 21% usaram o recurso até para mandar mensagens ou brincadeiras.

A tecnologia também entra no campo dos investimentos: 65% dos entrevistados afirmam confiar na inteligência artificial para receber sugestões financeiras, embora apenas 14% aceitariam que a IA tomasse decisões por eles.

Mais do que uma mudança de comportamento, os dados mostram um novo retrato do Brasil: o dinheiro deixou de ser tabu e passou a ser sinônimo de autonomia, planejamento e liberdade.

Deixe uma resposta

scroll to top