O coordenador-geral do projeto MapBiomas Tasso Azevedo, afirmou durante uma sessão no Senado nesta quarta-feira (25) que em 39 anos, o Brasil perdeu 110 milhões de hectares de vegetação nativa por conta das queimadas no país, de 1985 a 2023.
A sessão foi convocada para discutir a crise de incêndios que atinge diversas regiões do Brasil. Além dele, técnicos do governo e demais especialistas também participaram da sessão, que discutiu a crise climática que o país enfrenta.
“Uma média de 2,8 milhões de hectares perdidos por ano – equivalente a 60% do estado do Rio de Janeiro todos os anos. A transformação do território está acontecendo em uma velocidade muito rápida. Foram 100 milhões de florestas e 7 milhões de campos, como os do Rio Grande do Sul, afetados. Houve a transformação dessa vegetação em áreas de pastagem, que cresceram 73 milhões de hectares“, afirmou o coordenador.
O especialista também apontou que ao longo desse período, 23% do país pegou fogo pelo menos uma vez, sendo o Cerrado e o Pampa os biomas mais afetados pela perda de vegetação nativa.
“Só em 2023, foram 16 milhões de hectares queimados no país. 2% do território nacional pegou fogo em 2023. O bioma que teve a maior proporção de áreas queimadas foi o Pantanal, seguido do Cerrado. 68% da área era vegetação nativa“, explicou o coordenador do MapBiomas, rede formada por ONGs, universidades e laboratórios.
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