Inflação é o aumento dos preços de bens e serviços. Ou seja, a alta da inflação representa o aumento do custo e vida. Uma forma simples de perceber a inflação é indo ao supermercado. O preço dos produtos nas prateleiras não são os mesmos, estão mais caros.
Inicialmente com a previsão de 8,5%, a inflação acumulada para o ano de 2021 está sendo calculada na casa dos 10,2%, segundo dados do Banco Central do Brasil (BC), com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O relatório de inflação do quarto trimestre considera a trajetória estimada pelo mercado financeiro para as taxas de juros e de câmbio neste ano e em 2022 e, pela primeira vez, o BC admitiu que a inflação ficará acima dos 10% pela primeira vez, desde 2015, quando chegou aos 10,67%.
Assim como em setembro, o BC afirmou novamente que a meta da inflação não será cumprida e quando isso acontece, a entidade é obrigada a escrever uma carta explicando as razões. Nesta quinta-feira, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que é importante “passar mensagem de que vamos atingir a meta e que o processo [alta dos juros] vai se estender até que as expectativas [do mercado] estejam ancoradas [dentro das metas definidas]”, afirmou.
Leia também: Inflação dispara, atinge 10% em 12 meses e afeta refeições da população, aponta FVG
O Banco Central analisa que o aumento da inflação é resultado de, principalmente, três fatores: o aumento dos preços de “commodities” (produtos básicos com cotação internacional, como alimentos, minérios e petróleo, que impulsiona o preço dos combustíveis), crise energética, por meio dos seus efeitos nas bandeiras tarifárias, o que representou nova onda de choque de custos na economia. Até outubro, a tarifa de energia elétrica residencial cresceu 19,13% e a Alta do dólar, que eleva o preço de produtos e insumos importados.