Desde abril no Nepal, se preparando para escalar o Monte Everest, Aretha Duarte se tornou no último sábado (23) a primeira brasileira e latino-americana negra a escalar a montanha mais alta do mundo. Ela conseguiu subir os 8.849 metros da montanha.
Para conseguir esse feito, a montanhista precisou arrecadar parte do orçamento fazendo coleta de lixo reciclável e também participando de um quadro de perguntas no programa Caldeirão do Hulk, na TV Globo. Ela se organizou para esse dia durante 2 anos e correu atrás de patrocínio para uma viagem que custa em torno de R$ 250 mil.
Essa era a segunda vez que Aretha tentativa chegar ao topo da montanha de maior altitude do mundo. Na primeira, ela teve problemas de tosse e sintomas de mal de altitude. Dessa vez nem um ciclone impediu que essa conquista fosse alcançada.
A paixão de Aretha pelo montanhismo começou em 2001, quando a esportista cursava educação física. Durante uma palestra ela ficou sabendo do esporte e se entusiasmou com a possibilidade de trabalhar com esportes outdoor. Foi então que a moça passou a integrar a equipe de uma operadora de montanhismo, fez cursos de escalada em rocha e, em seguida, virou guia de uma empresa e foi amadurecendo a ideia de se profissionalizar cada vez mais no esporte.
O montanhismo ainda é uma categoria de composta por maioria de homens brancos, com poucas pessoas negras e ainda menos mulheres. Por isso o feito de Aretha é histórico. Em 2006, a norte-americana Sophia Danenberg foi a primeira mulher negra a escalar o Monte Everest. Depois, em 2019, foi a vez de Saray Khumalo, foi a primeira africana negra a subir o Monte Everest.
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