Segundo levantamento da Quaest divulgado nesta quarta-feira (12), a aprovação sobre o governo Lula deixou de crescer e voltou a oscilar negativamente. A pesquisa aponta que 50% dos brasileiros desaprovam a gestão, enquanto 47% aprovam. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Para o diretor da Quaest, Felipe Nunes, a mudança está diretamente ligada ao tema da segurança pública. A megaoperação policial no Rio de Janeiro, a repercussão das mortes registradas e as falas de Lula sobre o caso frearam o avanço que vinha sendo observado nos meses anteriores. Desde julho, a aprovação vinha subindo dentro da margem de erro e a desaprovação caindo. Agora ocorreu o contrário: a rejeição cresceu e o apoio diminuiu.
“O tarifaço mudou a trajetória da aprovação a favor do Lula, mas a pauta da segurança pública interrompeu a lua de mel tardia do governo com o eleitorado independente”, afirmou Felipe Nunes, diretor da Quaest, em entrevista ao G1. Entre os eleitores que não se alinham a nenhum campo político, a desaprovação voltou a crescer: passou de 48% em outubro para 52% em novembro. A aprovação caiu de 46% para 43%.

A pesquisa, encomendada pela Genial Investimentos, ouviu 2.004 pessoas entre os dias 6 e 9 de novembro. O nível de confiança é de 95%.
O efeito também aparece em grupos que antes registravam cenário mais favorável. Entre quem recebe mais de dois salários mínimos, a desaprovação voltou a superar a aprovação. O mesmo ocorreu entre mulheres e católicos, que em outubro demonstravam avaliação mais positiva.
Além disso, 67% dos entrevistados disseram aprovar a megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha e 57% discordam da declaração de Lula de que a ação foi desastrosa. A preocupação com a violência subiu de 30% para 38%. Já 45% avaliaram que o presidente saiu politicamente mais forte após o encontro com Donald Trump.
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