Nesta segunda-feira (17), Andrew Sabisky, conselheiro do primeiro-ministro britânico Boris Johnson, foi pressionado a deixar o cargo após declarações racistas, sexista e misóginas publicadas no passado virem a público.
No ano de 2014, em comentários feitos na internet, ele disse que existe “diferenças raciais muito reais no que diz respeito à inteligência”. Ainda afirmou que “há uma percentagem muito maior de negros do que brancos com um QI de 75 ou inferior”. Na época, Andrew Sabisky afirmou que o QI inferior dos negros, os tornariam propensos a “deficiências intelectuais”.
Sabisky também defendeu o uso forçado de métodos anticoncepcionais. “Impor contraceptivos legalmente desde o início da puberdade seria uma maneira de resolver problemas indesejados de gravidez que criam uma subclasse permanente”, escreveu em um blog.
Contratado recentemente por Dominic Cummings, chefe de gabinete de Johnson, o ex-conselheiro se considera vítima da mídia e alvo de uma “gigante difamação”. “A histeria dos media em torno das coisas antigas que postei online é de loucos, mas quero ajudar o governo e não ser uma distração. Por isso, decidi demitir-me como colaborador”, postou em seu Twitter.
Até o momento, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson não se posicionou contra as declarações de Andrew Sabisky. Ian Lavery, presidente do Partido Trabalhista britânico, criticou a postura do gabinete do ministro. “É asqueroso que Downing Street não tenha condenado os horríveis comentários de Andrew Sabisky, mas também pareça aprovar que os brancos são mais inteligentes que os negros”, disse Lavery.