De acordo com relatório divulgado recentemente pela Global Hunger Index (GHI), o Brasil havia avançado em relação à redução da subnutrição e melhora dos índices de nutrição durante os governos petistas. O documento observa também que durante o período de 2000 a 2023, quando ocorreu uma instabilidade política, gerou um impacto negativo no combate a fome pelo governo, devido a Operação Lava Jato e o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Num comparativo de dois anos (2000 – 2002), 10,4% da população estava subnutrida, mas com a implementação de políticas sociais como o Bolsa Família, o número caiu gradativamente com o passar dos anos, 4,9% entre 2007 e 2009 e menos de 2,5% em 2017. O programa Bolsa Família foi criado em 2003, com a iniciativa do governo Lula – primeira gestão – de transferir renda às famílias mais vulneráveis, ajudando no combate a pobreza e a fome. Além disso promover também melhoria em saúde e educação.
Segundo o relatório, o retrocesso nesse avanço veio em 2016, após o golpe e a Lava Jato. Já no ano de 2023, há um aumento no índice, onde esse atinge 3,9% da população. O aumento do índice, faz parte da inconstância econômica e política dos últimos anos. Além da subnutrição, o contexto de mortalidade, desnutrição e crescimento infantil, também são semelhantes.
O combate a fome ainda enfrenta muitos desafios e ainda tem muito pra crucial para o desenvolvimento social e econômico de qualquer país. A fome não é apenas uma questão de falta de alimentos, mas também envolve acesso, distribuição, e a capacidade das populações de adquirir alimentos nutritivos.
Dentro do GHI, o Brasil vai ficando atrás de outros países latino-americanos como Chile, Costa Rica, Uruguai, México e Argentina.
Pelo índice, pelo menos 64 países não atingirão o nível da fome diminuída e muito menos a segurança alimentar até 2030. Se o progresso permanecer no ritmo observado desde 2016, antes de 2160, o nível global da fome poderá não ser alcançado.
