Sidinei de Souza Santos Júnior conseguiu anulação de processo após 14 anos preso, acusado de assalto à mão armada, crime no qual ele não cometeu. Tudo aconteceu em 2008, quando ele trabalhava como vigilante no Tribunal Justiça do Rio de Janeiro.
O erro do processo aconteceu no mesmo ano, devido ao reconhecimento fotográfico realizado por um casal, e a mulher indicou o vigilante como suspeito quatro meses depois do crime em que o carro deles havia sido roubado.
Mesmo ele tendo entregado os documentos para a comprovação que ele não estava no local onde ocorreu o assalto, a folha de ponto e o comprovante comprovante do uso de um transporte público municipal confirmavam que ele não participou do crime.
Neste caso, diante da acusação, Sidinei chegou a ser preso durante seis meses. Além disso, foi condenado a 6 anos e meio de prisão, mas conseguiu a anulação devido a uma revisão que constatou que as provas não sustentavam a condenação, e o Ministério Público não comprovou a autoria do crime.
Em entrevista para o RJ1, ele disse que tem que “agradecer a Deus também que eu estava indo trabalhar e estava na minha rota. E se eu tivesse em outro local? E se fosse sábado, não tivesse trabalhando, como seria, como eu conseguiria provar?”, comentou Sidnei.
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Após o Terceiro Grupo de Câmaras Criminais votar contra a pena, Sidnei foi solto, sendo assim, por unanimidade, a justiça revogou o processo. No entanto, ele ainda sofre consequências, como por exemplo o nome sujo e a sua ficha criminal que consta como ex-presidiário.
Por fim, após 14 anos de processo e seis meses de prisão em Bangu, Sidnei entrará com um processo para pedir uma indenização ao estado pelo tempo perdido. Ele disse também que “também lutará para que casos assim não ocorram novamente”.
