Embora 2024 tenha registrado recorde de pessoas ocupadas (101,3 milhões), as mulheres representavam apenas 49,1% da população feminina empregada, ante 68,8% dos homens, estes são dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quarta-feira (3), a desigualdade de gênero persiste no mercado de trabalho. .
Segundo a pesquisa, a diferença na taxa de ocupação entre os gêneros permanece praticamente inalterada desde 2012. O estudo atribui essa disparidade principalmente à divisão desigual de cuidados e afazeres domésticos, que limita o tempo e as oportunidades profissionais das mulheres.
Quando empregadas, elas receberam, em média, 78,6% do rendimento dos homens no ano passado. Em setores como comércio e serviços, essa proporção cai para 63,8%. A única exceção, de baixa representatividade econômica, são as Forças Armadas e policiais, onde as mulheres ganham mais.
A situação é ainda mais crítica para mulheres pretas e pardas, que apresentam os maiores índices de subutilização da força de trabalho e de pobreza. No geral, 20,4% das mulheres estavam subutilizadas em 2024 (queriam trabalhar mais, mas não conseguiam), contra 12,8% dos homens.

Em contrapartida, o grupo com 60 anos ou mais vem aumentando sua participação. O nível de ocupação dessa faixa etária atingiu 24,4% em 2024, o maior da série histórica, impulsionado pelo aumento da expectativa de vida, que chegou a 76,6 anos. O desemprego entre idosos é de apenas 2,9%.
Contudo, esse cenário é marcado por informalidade e disparidades. Cerca de 55,7% dos idosos trabalham sem formalidade, percentual que sobe para 61,2% entre pretos e pardos. A diferença salarial também é acentuada: mulheres idosas ganham cerca de R$ 2,7 mil, enquanto os homens recebem mais de R$ 4 mil. Idosos brancos têm rendimento quase o dobro dos pretos ou pardos.
Mercado em recuperação, mas com traços estruturais
O IBGE destacou que 2024 consolidou a mais intensa recuperação do mercado de trabalho desde 2012, com a taxa de desocupação caindo para 6,6% e a de subutilização para 16,2%. No entanto, a informalidade segue como um traço estrutural, atingindo 46,5% dos ocupados. O setor de Serviços continua sendo o principal gerador de vagas, com destaque para altas em transportes (+7,7%), outros serviços (+5,6%), construção (+5,3%) e comércio (+4%).
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